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Insegurança afeta mais as mulheres (Foto: reprodução)A Redação
Goiânia – Correr, pedalar ou caminhar em parques e ruas de cidades brasileiras deixou de ser apenas um hábito saudável. Para muitos, tornou-se um risco. A pesquisa conduzida pelo professor Cláudio Barbosa de Lira, da Faculdade de Educação Física e Dança da Universidade Federal de Goiás (UFG), investigou a relação entre violência urbana e sedentarismo, revelando a complexa interação entre insegurança, desigualdade social e saúde pública. O estudo foi publicado no Human Kinetics Journal.
O estudo nasceu a partir de episódios recentes que chocaram o país: o assassinato de um ciclista no Parque do Povo e a agressão a uma senhora enquanto corria, ambos em São Paulo. Para o professor Cláudio, esses casos reforçam que a violência urbana é uma barreira concreta à prática de atividade física, especialmente para aqueles que não têm acesso a espaços fechados e seguros.
Segundo o estudo, além da violência, outras barreiras impactam a adesão à atividade física. Falta de tempo, presença de doenças, ausência de companhia, condições socioeconômicas ou simplesmente não gostar de se exercitar estão entre as justificativas mais citadas. Mas a insegurança se sobressai: “Ninguém gostaria de arriscar sua segurança em prol de ter uma rotina fisicamente ativa”, explica o pesquisador. Essa percepção cria um círculo vicioso, no qual pessoas inativas tendem a se afastar ainda mais do exercício, enquanto as ativas podem mudar de local ou abandonar suas rotinas.
Segundo o pesquisador, o impacto da violência e da inatividade não é uniforme. Pessoas de classes sociais mais baixas estão mais expostas a episódios violentos e apresentam menores níveis de atividade física. Mulheres, por sua vez, são particularmente afetadas.