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Kuryala

Cresce procura por destinos exóticos e turismo de aventura

Dona de agência comemora mudança | 08.02.14 - 12:10 Cresce procura por destinos exóticos e turismo de aventura Ingrid Ritter, proprietária da Kuryala Viagens, recebeu o jornal AR e falou sobre perfil do turista goiano (Foto: arquivo)
 
Alexandre Parrode
 
Goiânia - No comando da Kuryala Viagens há mais de 25 anos, a empresária Ingrid Ritter está de novo endereço e recebeu o jornal A Redação para um bate papo sobre o Turismo no Brasil e no mundo, além de falar sobre o comportamento dos turistas goianos. Localizada no Setor Marista, a nova sede da agência passou por uma reestruturação de quase dois anos, comandada pela Sartre Gumo, e contou, inclusive, com a reformulação da marca. "Foi como colocar a empresa no divã", brinca Ingrid, que não esconde o sorriso. 
 

Kuryala Viagens em nova sede, no Setor Marista (Foto: divulgação)
 
Para ela, que começou com a Kuryala ainda muito jovem, vendendo pacotes corporativos, a empresa é muito mais que um negócio. É também fruto de uma bela história familiar. O avô veio da Alemanha para o Brasil e se encantou com o Rio Araguaia, passou aos filhos o espírito aventureiro e desbravador, que ela diz ter herdado com muito orgulho. Os pais, inclusive, comandam uma famosa pousada em São Félix do Araguaia, também chamada de Kuryala.
 
"A brasilidade, o orgulho indígena e de nossa cultura sempre foram muito importantes para a família. Daí o nome Kuryala, que vem do livro "Kuryala, Capitão Carajás", de José Mauro de Vasconcelos, que minha mãe leu quando criança. Em carajá, a palavra significa 'pássaro, ave, em voo'", explica ela.
 

Ingrid com os pais, Gaspar e Salete Ritter, na inauguração da nova sede da Kuryala (Foto: Heloá Fernandes)
 
A paixão e o desejo de divulgar as belezas naturais de Goiás e do Brasil que motivaram Ingrid e a mãe, Salete, a abrirem a Kuryala. 
 
No início, como todo negócio, muitos obstáculos foram enfrentados. Um deles, foi a falta de público para os destinos mais "alternativos". "Quando começamos com a agência, infelizmente, percebemos que o brasileiro não valoriza o 'daqui'. Para nós, o que é de fora tem mais valor... Isso vem desde o Brasil colônia. As pessoas dão pouco valor à 'identidade brasileira'", explica ela.
 
Segundo Ingrid, ainda atualmente o turista goiano não tem espírito aventureiro e gosta mais de badalação e compras.
 
Cenário em transição
Ingrid conta que está muito animada com uma mudança que acontece no cenário do turismo nos últimos anos. "Eu nunca tinha feito pacotes para quatro famílias para a Ásia e África. Neste janeiro, tenho 20 pessoas indo para Maldivas, África do Sul, Zimbabue e CapeTown. Me encantou muito", comemora ela.
 

Mudança de perfil: goianos já pedem por destinos inusitados. Na foto, Ilhas Maldivas (Foto: reprodução)
 
Outro filão que também vem puxando o Turismo de Aventura - pelo qual Ingrid derrama paixão - é o esportivo. "Além da minha veia aventureira, sou muito esportista e venho acompanhando de perto o crescimento de grupos e equipes que buscam pacotes para corridas, maratonas e diferentes atividades físicas. Inclusive, já tenho um grupo de doze pessoas para a Maratona de Amsterdã, que ocorre em outubro de 2014", conta. 
 
Viajar no Brasil
A estrutura no Brasil não favorece muito o viajante não convencional - aquele que arrisca muito, aquele que gosta de "por o carro na estrada". "Nós não temos estrutura suficiente para quem quer arriscar. Não é como nos Estados Unidos, que se você decidir pegar a estrada, em qualquer parada encontra um motel ou hotel para dormir".
 
Segundo Ingrid, viajar no Brasil ainda tem que ser muito convencional mesmo. "Avião, traslado, resort. Avião, traslado, hotel... Uma ou outra família se aventura. Até mesmo porque as estradas não favorecem", explica. 
 
"Eu já estive em vários lugares no Brasil que são fantásticos e que eu adoraria viabilizar roteiros, mas, por falta de estrutura, infelizmente, não há como. Eu vou porque tenho carro traçado e espírito de aventura". 
 
Permita-se
A empresária adianta que os destinos de quem procura turismo de aventura não costumam ter  hotel cinco estrelas, mordomia e bons serviços. "É um tipo de viagem diferente. É para contemplação, para se aproveitar a natureza e a paisagem. Garanto: quem vai, se encanta e quer de novo". 
 
A dica é fugir do óbvio, conhecer lugares, países e vivenciar novas experiências.
 

Aventureira, Ingrid posa para foto na Chapada Diamantina: "Sou apaixonada pela natureza" (Foto: reprodução/Facebook)
 
 

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