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Cleomar Almeida e Catherine Moraes
Um dos suspeitos de ter assassinado a publicitária Polyanna Arruda Borges, 26 anos, foi beneficiado pela nova Lei de Prisão Provisória, que entrou em vigor em 4 de julho e alterou 32 artigos do Código de Processo Penal. Assad Haidar de Castro conseguiu a liberdade porque, até o momento, responde na Justiça apenas por roubo de carga e porte de arma.
Castro pode retornar à prisão em cerca de 40 dias, quando deve ser concluído o inquérito sobre a morte de Polyanna. A expectativa é do delegado Odair José Soares, que já era responsável pelo caso antes de assumir a Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc). O crime ocorreu em 23 de setembro de 2009.
Segundo o delegado, o suspeito deve ser indiciado por homicídio, estupro e roubo de carro e pode ser condenado a mais de 40 anos de prisão.
Sofrimento
A mãe, Tânia Borges, declara que o descontentamento é grande devido a falta de ligação de Assad com o caso Polyanna. "É triste pensar que ele durante o tempo em que Assad foi preso não conseguiram avançar nas investigações de modo que ele tenha sido beneficiado com a nova lei de prisão preventiva", indigna-se.
Apesar do sofrimento, Tânia diz que todo o barulho causado pela liberação faz com que o caso volte à tona e talvez as autoridades busquem, com isso, solucionar o mistério que envolve a morte da publicitária. "A polícia goiana conta hoje com uma equipe muito eficiente. Minhas expectativas são boas e espero que, finalmente, o caso seja concluído e a condenação justa."
Crueldade
De acordo com as investigações, Assad e outros dois suspeitos abordaram Polyanna na porta da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Goiás, no Jardim Goiás e a levou para o Residencial Humaitá, na Região Norte da Capital. A vítima foi espancada e estuprada antes de ser morta com sete tiros.