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05.10.2011 02:36 Vinicius
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Cleomar Almeida
Dura mais de 10 horas o julgamento do estudante Marcos César de Oliveira Júnior, 24 anos, acusado de matar a amante, Juliene de Souza Guimarães, 26 anos, e seu filho, Nicolas de Souza Guimarães, de 8 meses. A sessão acontece desde às 8 horas desta terça-feira (4/10), no Tribunal do Júri de Piracanjuba, a cerca de 83 quilômetros de Goiânia. O juiz Rozemberg Vilela da Fonseca, titular da comarca, preside o júri.
Fernando Fernandes Alves, amigo de Marcos César, também está sentado no banco dos réus. Ele é acusado de participar do crime. Os dois respondem por duplo homicídio, com três qualificadores – motivo fútil, crime cometido de forma dissimulada e mediante pagamento. Também pesa sobre eles o crime de ocultação de cadáver.
Durante a manhã e a tarde, o juiz colheu depoimentos das testemunhas e ouviu os acusados. No início da noite, inicou a fase do debate oral, entre o promotor de Justiça Keller Divino Branquinho Adorno, que sustenta a acusação, e os advogados Carlos Alberto Teixeira de Arraes Menezes e Carlos Cruvinel, responsáveis pelas defesas de Marcos César e Fernando, respectivamente.
De acordo com o magistrado, a materialidade do crime está comprovada e há indícios suficientes de sua autoria. Entretanto, é o Conselho de Sentença, formado por sete jurados, que irá decidir pela condenação ou absolvição dos réus, o que deve ocorrer ainda nesta terça-feira, segundo estimativas.
O crime
Segundo o Ministério Público de Goiás, os crimes foram praticados em 9 de fevereiro de 2009, na Fazenda Pirapitinga, situada no município de Piracanjuba. De acordo com a denúncia, Juliene e Marcos César tiveram um relacionamento e ela engravidou. Ele teria matado a amante e o bebê para não assumir a paternidade nem pagar a pensão alimentícia.
A decisão de mandar os réus a júri popular é do juiz Eduardo Walmory Sanches. Em sua sentença, publicada em 1 de junho, o magistrado considerou que os depoimentos de testemunhas deixaram claro que, no dia do fato, a vítima se encontrou com Marcos César, na companhia de Nicolas, com o objetivo de viajar para Goiânia, onde realizaria um exame de DNA. Entretanto, em vez de irem ao médico, Juliene e o bebê caíram em uma emboscada.
Na época, Sanches também citou depoimentos segundo os quais a vítima teria contado que Marcos era pai de Nicolas mas havia pedido a ela para abortar. O magistrado também se valeu da confissão de Fernando para fundamentar sua decisão. O amigo do estudante admitiu ter recebido cerca de R$ 3 mil para cavar a vala em que os corpos foram enterrados.