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Thiago Zschornack

Não há paz sem guerra

| 24.12.18 - 15:02
A paz que tanto procuramos é fruto de muita guerra. Sim, sem luta, a paz é mera ilusão.
 
Na Ciência isso já é claro. O conceito de entropia na termodinâmica, a teoria do Caos, a teoria Geral de Sistemas... Enfim, todas defendem a premissa de que sem resistência as coisas caminham naturalmente para a desordem.
 
Façamos, então, uma analogia às nossas vidas, pois não seria diferente, se esperarmos que as coisas aconteçam sem ação efetiva para frearmos a desordem para a qual caminhamos, o caos tomará conta, sem piedade.
 
Se não limparmos a nossa casa, suja ela ficará; se não estudarmos, ultrapassados ficaremos; se não nos dedicarmos no trabalho, substituídos seremos; se não nos alimentarmos bem, enfermos nos tornaremos; e se não cultivarmos amor, na desgraça da indiferença morreremos.
 
A paz não chega naturalmente, ela não bate em nossas portas, nem nos chama pelo nome, ela é fruto de muito esforço, de muita luta. E é justamente a este esforço que podemos nos referir como uma guerra, as guerras diárias que todo mundo precisa travar.
 
Em dias cada vez mais caóticos, de pressão extrema, de pessoas sem paciência, de injustiças em todos os meios, de barbaridades mil, precisamos travar diversas guerras para chegarmos são e salvos em nossas casas ao final do dia. E talvez, a maior das guerras, seja contra nossos próprios demônios, nossos medos, aflições, dúvidas...
 
Heráclito já dizia que a guerra é mãe e rainha de todas as coisas; alguns transforma em deuses, outros, em homens; de alguns faz escravos, de outros, homens livres.
 
A guerra de todos os dias não é uma guerra contra o outro é uma guerra contra nossos maiores temores, contra os males que querem impedir a nossa felicidade, ou seja, contra tudo aquilo que nos afasta da paz. Nesta guerra nós não precisamos de soldados, nem de armas, nem de tanques, só precisamos de boas intenções, de esforço e de muita luta. Nosso maior inimigo está dentro de nós mesmos, no nosso consciente ou subconsciente, traduzido, basicamente, no modo como lidamos com tudo ao nosso redor.
 
Achar que a ausência de ação, a boa intenção, nos aproximará da paz, do sossego, da calmaria, é um grande engano. É como a fé sem ação, ela é inócua.
 
Quanto mais preparados estivermos para as batalhas diárias, maior a chance de derrotarmos nossos inimigos mentais e, assim, fincarmos nossas bandeiras no território conquistado. Mas é bom nunca esquecermos que a guerra nunca é ganha com apenas uma batalha vencida. A vida é uma constante luta, por que não há paz sem guerra.
 

*Thiago Zschornack é conselheiro de Administração da Companhia Águas de Joinville, doutorando em Engenharia do Conhecimento (UFSC) e professor universitário na UNIVILLE e SENAC

Comentários

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  • 26.12.2018 08:58 Felipe Moldenhauer

    Excelente texto gostaria que não acabasse mais. Parabéns

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