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Ana Cláudia Lima

O amor pela oncologia

| 09.07.20 - 18:03
Quase sempre, a Oncologia é estigmatizada como uma profissão desgastante e pejorativa. Sempre associada a situações ruins e notícias trágicas. O que, às vezes, passa despercebido é o quanto nós, oncologistas, somos privilegiados. Como oncologistas, podemos ajudar na cura de uma doença grave, quando possível; e, principalmente, prolongar, com qualidade, a vida de pessoas com diagnóstico de câncer. Assim, contribuímos para que um pai veja a formatura de um filho, que uma mãe esteja presente no casamento da filha ou celebrar a vida com seus entes queridos.
 
Por isso, hoje, 9 de julho, Dia do Oncologista, estendo os meus parabéns e o meu carinho para todos oncologistas de Goiás. Apesar de linda, não é uma profissão fácil. Nós entramos na vida das pessoas numa fase muito difícil e decisiva. Escolhi Oncologia assim que me formei, em 2006, e iniciei a Residência em Clínica Médica. Enquanto a maioria dos meus colegas tinha pavor dos pacientes oncológicos e eu vi que, de alguma forma, poderia ajudá-los. E esse sentimento de retribuição e carinho que recebemos dos nossos pacientes e seus familiares, é inenarrável!
 
A Oncologia ou Cancerologia é uma especialidade médica desafiadora, que pede muito tempo de estudo para se dedicar à atualização e ao tratamento das neoplasias. Para se tornar oncologista clínico, o médico, após seis anos de graduação, necessita de mais cinco anos para Residência Médica. Esta especialidade subdivide-se entre oncologia adulta e pediátrica. Ao concluir essas etapas, o médico oncologista se ocupa da abordagem geral, do cuidado do paciente e da prescrição de tratamentos sistêmicos, como a quimioterapia, a imunoterapia, a terapia biológica e a hormonioterapia. O oncologista também é indicado para orientar quanto aos exames e medidas de prevenção do câncer.
 
O acompanhamento do paciente com o especialista se estende além do tratamento sistêmico. Pacientes oncológicos necessitam de seguimento para toda a vida, seja para acompanhamento periódico, após tratamento curativo – por conta dos riscos de recidiva e do surgimento de complicações relacionadas aos tratamentos – ou para os cuidados paliativos, naqueles casos em que a cura já não é mais possível. 
 
O oncologista não trabalha isolado.  Além de participar de uma equipe multidisciplinar, o paciente tem papel fundamental nas tomadas de decisão. Nenhuma conduta é tomada baseada em uma única parte assistencial. O paciente participa e define todo o tratamento junto com o seu médico. Por isso, a informação é a chave de ouro para a adoção de um plano terapêutico mais efetivo. Justamente por isso, é essencial falarmos sobre o câncer, sobre novos tratamentos e nos manter sempre atualizados. E sei que meus colegas fazem isso com maestria! Por isso, feliz dia a todos nós!

*Ana Cláudia Lima é oncologista do INGOH

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