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Valdinei Valério

Redução dos jovens 'nem-nem' é caminho para inclusão e empregabilidade

| 15.05.25 - 15:30
 
Nos últimos anos, o Brasil tem enfrentado o desafio de reduzir o número de jovens que não estudam nem trabalham, os chamados "nem-nem". Dados recentes apontam para uma diminuição nesse contingente, mas ainda há um longo caminho a percorrer para garantir a inclusão plena desses jovens na sociedade e no mercado de trabalho.
 
De acordo com informações do Ministério do Trabalho e Emprego, houve uma queda no desemprego e na informalidade entre os jovens, indicando uma melhora no cenário laboral para essa faixa etária.  No entanto, ainda existem milhões de jovens nessa condição, muitos deles enfrentando barreiras estruturais que dificultam sua inserção no mercado de trabalho.
 
No último trimestre de 2024, o Brasil registrou 14,5 milhões de jovens ocupados, superando os 14,2 milhões observados no mesmo período de 2019, antes da pandemia. A taxa de desemprego entre os jovens caiu de 25,2% para 14,3%, enquanto a informalidade passou de 48% para 44%. Entre os jovens ocupados no final de 2024, 53% possuíam vínculo formal de trabalho, com carteira assinada.
 
Assim, é fundamental reconhecer que a simples existência de programas de transferência de renda, como o Bolsa Estudo e o Pé-de-Meia, embora importantes, não são suficientes para resolver o problema. É necessário um esforço conjunto entre governo, sociedade civil e iniciativa privada para criar políticas públicas eficazes que promovam a educação de qualidade e a capacitação profissional desses jovens.
 
O Instituto Promover (IPHAC) tem atuado ativamente nesse cenário, desenvolvendo projetos que visam a inclusão produtiva da juventude. Programas de aprendizagem e estágios supervisionados são ferramentas essenciais para proporcionar experiências práticas e preparar os jovens para os desafios do mercado de trabalho.
 
Além disso, é crucial repensar o modelo educacional vigente. A integração entre o ensino médio e a formação técnica e profissionalizante pode ser uma estratégia eficaz para manter os jovens na escola e ao mesmo tempo prepará-los para o mundo do trabalho.
 
A busca ativa por esses jovens, especialmente aqueles em situação de vulnerabilidade social, é outra medida necessária. Muitos deles enfrentam realidades difíceis, como a pobreza extrema e a violência, que os afastam das oportunidades de estudo e trabalho. Políticas públicas devem ser direcionadas para identificar e apoiar esses jovens, oferecendo-lhes alternativas concretas de desenvolvimento pessoal e profissional.
 
A redução do número de jovens nem-nem no Brasil é um objetivo alcançável, desde que haja um compromisso coletivo para enfrentar as desigualdades sociais e promover a inclusão. Investir na juventude é investir no futuro do país.
 
Valdinei Valério é Presidente do Instituto Promover (IPHAC)

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