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Igor Araújo

A OAB que eu quero

Evento no CEL da Ordem foi ato “grotesco” | 26.11.15 - 17:21

Goiânia - Em pleno século 21, não mais é tolerável o tempo de ataques grosseiros, do poder absoluto, da postura intolerante. Muito menos se essa agenda envolve o nome da instituição civil mais importante do País. 
 
O que aconteceu no Centro de Cultura, Esporte e Lazer (CEL) da OAB no último final de semana foi um ato grotesco e deselegante, um espasmo autoritário, comportamento incompatível de quem pretende ser o representante de uma categoria que defende o diálogo, a democracia e a diferença de ideias. A ação, patrocinada por aqueles que querem representar a advocacia goiana em todo o Brasil, colocou em risco não só o patrimônio construído ao longo dos anos, com recursos da própria advocacia, mas também, e o mais importante, a segurança do advogado que procura o espaço para descansar, curtir a família e amigos.
 
Ao invadir o CEL, sem se identificarem como requerem as regras do clube, o grupo postulante mostrou que não respeita as normas e desconsidera a própria advocacia, dona do local. Se estão assim durante uma campanha, imaginem no comando de uma instituição séria como a OAB. Esta não é a OAB que eu quero.
 
A OAB que eu quero é FORTE. Tem um patrimônio físico e moral conquistado ao longo de muito trabalho e de muita história. Tem um legado de êxitos para mostrar ao advogado de todo o País e se já se tornou referência no Brasil pela sua estrutura física e por seus membros, que alcançaram postos de destaque graças à credibilidade e conhecimento que possuem.
 
A OAB que eu quero é respeitada perante os demais órgãos, sabe lutar pelas prerrogativas profissionais sem ofender ou denegrir a imagem de qualquer instituição. Goiás não é um Estado à margem quando se trata da advocacia. Alcançou posição central e já é consultado para questões importantes que envolvem a área jurídica. 
 
Invasões, correrias, ocupações e desordem estão na contramão dos tempos de liberdade e transparência. O que dirá se estas atitudes vêm de quem tem o dever de conciliar, de aglutinar e pacificar? Sim, porque o advogado nada mais é que um harmonizador. Peca quem pensa que o advogado quer sempre o litígio. Não. Ele busca o acordo, o consenso, de forma pacífica, combate a tirania e a opressão. É honrado, digno, luta pela Justiça. Os novos tempos não aceitam posturas intolerantes, de ignorância, de subir na mesa aos brados.
 
Flávio Buonaduce é o candidato mais preparado para dirigir a OAB-GO. Fez uma campanha propositiva, sem rompantes, sem agressões. Com mais experiência em gestão, mais conhecimento jurídico, austero, mas de perfil agregador, tem forte capacidade de argumentação e postura de alto nível. Advoga há quase 30 anos, conhece como poucos a instituição, sabe exigir o melhor para a advocacia mas tem a noção de que suas atitudes refletem em toda a categoria.
 
Uma história não se constrói da noite para o dia. A OAB Forte fez muito. O próximo passo é melhorar ainda mais a atividade profissional do advogado em todo o Estado. Tudo isto será feito com muito diálogo, muita conversa. Nada de invasões, correrias ou agressões, atitudes que só envergonham a categoria.
 




*Igor Araújo é advogado.
 

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