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Fernanda Fernandes

A crise econômica para os negócios de alimentação

| 09.02.17 - 14:42
Muito se fala sobre crise econômica no Brasil, mas você sabe o que de fato mudou no segmento de alimentação fora do lar em função da recessão econômica?
 
Entender como a crise afeta esse tipo de negócio ajuda você, enquanto empresário e gestor, a driblar as dificuldades.
 
Inflação
 
A inflação é a variação e, especificamente, o aumento de preço de produtos. Por exemplo: Em janeiro, 5kg de arroz custava R$ 13,00. Em fevereiro, o mesmo produto passou a custar R$ 15,50. No site SuaPesquisa.com, é possível observar no ano de 2016 os alimentos foram os produtos que mais sofreram variação de preço. Enquanto os produtos gerais tiveram uma média de taxa de 3,25%, os alimentos tiveram uma média de 5,79% de taxa de inflação.
 
Poder de compra reduzido
 
Além da variação de preços impactar diretamente os negócios de alimentação, os salários dos clientes e consumidores não aumentam na mesma velocidade e nem na mesma proporção. No período de um ano, com essa mesma taxa de inflação citada, o cliente perdeu 120% do valor de compra. Isso significa que o cliente tem muito menos poder de compra e de consumo. Tendo o poder de compra reduzido, torna o cliente mais seletivo, ele passa a buscar mais informações sobre o mercado e escolhe bem criteriosamente onde gastar seu dinheiro.
 
Alta dos Alimentos
 
Não é só a inflação que interfere diretamente no seu preço de cardápio, há também a alta dos alimentos in natura e isso se deve há alguns fatores:
 
- A sazonalidade do produto (frutas têm sua época de colheita), que com a variação do clima altera o resultado final de safras
 
- O mercado externo, que gera uma concorrência sobre os produtos que podemos chamar de primeira linha, ou tipo exportação
 
- O aumento da demanda. Há produtos, como por exemplo o morango, em que há muita procura devido a grande variedade de aplicações em receita, e isso gera maior procura pelo produto, o que pode elevar seu preço
 
- O dólar mais alto, que gera a desvalorização da moeda nacional diante do mercado externo e interno e há muitos restaurantes, empórios e supermercados que trabalham com produtos importados. Com o aumento do dólar, esses produtos tornam-se mais caros para o consumo e venda no Brasil.
 
Concorrência
 
O mercado exigente e o surgimento crescente de novas empresas no segmento de alimentação fora do lar nos mostram que este é um mercado promissor, porém, para se manter nele é preciso estar a frente dos seus concorrentes. Ao falar em concorrentes para um bar ou restaurante, por exemplo, você logo pensa em outros bares e restaurantes? Será que são somente esses os seus concorrentes?
 
Veja bem, fome e sede são necessidades básicas de qualquer ser humano. Quando se tem fome ou sede, a pessoa tem que necessariamente comer e beber em um restaurante e bar ou existem outras opções? Dentre as demais opções, existem lanchonetes, pit dogs, espetinhos de rua, feira, lojas de conveniência, em casa, distribuidoras de bebidas, supermercados, entre outros. Sem falar que se estiver com pressa e a pessoa tiver uma barra de cereal ou pacote de bolachas, ali mesmo ela vai sacia a fome.
 
Percebe quão vasto é o mundo dos seus concorrentes? Novos produtos são lançados para o consumo dos clientes a todo instante, então para se manter no mercado é preciso inovar, atrair e fidelizar os clientes!
 
Finalizo deixando uma dica: perceba e defina quem é seu público, converse com ele, procure saber o que os interessa, quais produtos ele quer comprar e esteja sempre atento e aberto ao que lhe pode ser útil e valioso!
 


*Fernanda Fernandes, consultora, especialista em Gestão de Negócios no ramo de Alimentação (www.negociosdealimentacao.com.br)

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