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Pablo Kossa
Pablo Kossa

Jornalista, produtor cultural e mestre em Comunicação pela UFG / pablokossa@bol.com.br

O Blog

Eu quero é a zona no Instagram

Ridícula a postura com os novos usuários | 04.04.12 - 15:27


Estou impressionadíssimo com a polêmica envolvendo a suposta “orkutização” do aplicativo Instagram com a chegada dos usuários de celulares com o sistema operacional Android. Nego ficou na maior indignação do mundo com a popularização desse aplicativo que era exclusivo dos que têm o iPhone.

Quanta bobagem! Como se esse Instagram fosse uma maçonaria virtual, um pequeno clube restrito aos escolhidos pelo santo Steve Jobs. Putz... Novamente, que bobagem. Aliás, bobagem bem típica dos adeptos dos produtos da maçãzinha, que se sentem parte de um grupelho de pessoas especiais só porque gastaram uma fortuna em alguma coisa que ajudou a engordar a conta do suposto gênio. Tipo uns escolhidos hipsters para um paraíso onde morder a maçã não será mais considerado o pecado original e sim a salvação. Ou seja, a mais pura groselha.

Eu gosto do Instagram. Acho hoje a rede social mais legal, com aqueles filtros para as fotinhas. Posto com alguma frequência, em especial nos finais de semana, quando fico bem ausente das redes sociais mais convencionais. Divirto-me vendo o que o povo está postando. E não é porque eu acho legal sendo usuário do celular da Apple, que eu não quero que os demais também curtam essa possibilidade. Sei lá, acho até estranho esse tipo de apego exclusivista.

Outro ponto que também não entendo é por que diabos o termo “orkutizar” ficou com esse aspecto pejorativo. Existem pontos como rede social nos quais o Orkut até hoje não foi superado. Os grupos do Facebook ainda não conseguiram se estabelecer da mesma forma como as comunidades do Orkut. O debate não fica sistematizado tal qual na rede social que veio primeiro. E não é porque aconteceu a popularização que essa qualidade se perdeu. Mas o lance é tirar onda e ridicularizar a chegada de uma nova classe social na internet. E o pior é que uma boa parcela desses que tiram onda também surfa na onda dessa nova classe social. É muito paradoxo para minha cabeça.

O Brasil que entende o Brasil pela perspectiva uspiana ainda não entendeu o Brasil pós-Lula.

E é esse Brasil uspiano que fica curtindo com a chegada do Brasil pós-Lula dos celulares com o Android no Instragram. Perderam o bonde da história. Ficam falando e falando e falando enquanto o mundo está mudando. A vida acontece lá fora enquanto eles procuram a mais nova atualização do IOS. E depois não entendem nada, absolutamente nada. Ficam completamente perdidos. Trouxas.

A carnavalização do Instagram é só mais um exemplo do quão separatista é essa minúscula e ridícula elitizinha brasileira. Reclamar porque seu grupinho foi tomado de assalto é tão patético que dá vergonha. E é só mais uma das vergonhas que vêm desse povo.


Comentários

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  • 09.04.2012 02:25 Bruno Godinho

    Infelizmente, meu comentário saiu sem formatação. Ele está melhor diagramado no www.ultimotrocadilho.blogspot.com

  • 09.04.2012 02:14 Bruno Godinho

    No lugar errado Poucos dias após o anúncio de que a rede social de fotos Instagram teria uma versão para aparelhos de celular com o sistema operacional Android todo um reboliço foi criado na rede: são usuários de Iphone choramingando sobre a possível proliferação de informação inútil na timeline deles (como se já não houvesse futilidade suficiente lá) e os usuários do Android festejando isto como se fosse uma verdadeira ascensão social, o “Vamos invadir sua Praia” deste milênio. Deixando de lado as diferenças entre as tribos do IOS e do Android e as “nobres” causas que eles defendem, é mais produtivo entender qual a motivação por trás de tudo isso. O que fomentou esta rincha digital foi a Orkutização da rede. Este termo foi criado após a rede social Orkut ficar carregada por informação irrelevante, o que acarretou num acelerado êxodo dos usuários até o Facebook. Partindo do pressuposto de que uma rede social é apenas um “lugar” onde pessoas com certas características comuns se encontram para compartilhar experiências com os amigos (Facebook), para trocar ideias (Twitter) ou mesmo para expor a visão do seu mundo (Instragram), uma rede social pode ser considerada equivalente a um bar, uma escola, uma academia ou qualquer outro ponto de encontro onde haja interação entre as pessoas. Então, se uma rede social não é o fim e sim o meio, o problema não estaria nela, mas no modo com que as pessoas que a frequentam agem. Tanto no meio digital quanto na vida real, se suas atitudes não forem interessantes você vai deixar de ser querido e lembrado e aos poucos esses locais serão menos frequentados. Afinal, se só vai gente chata naquela lanchonete, por que ir lá com tantas outras opções? A grande diferença é que na padaria, na quadra de esportes ou no show musical as pessoas tentam ser interessantes expondo como são ou como gostariam de ser vistas. Não se vê nestes ambientes ninguém fazendo carinha de bebê que implora pela sexta-feira, nem imitando um cachorro tirando foto, pelo simples fato de que isso não interessa a ninguém. Infelizmente, na rede social é mais fácil, rápido e prático curtir, compartilhar ou retuitar um conteúdo já pronto do que criar o seu próprio. Que me desculpe quem faz isso, mas esta Orkutização é pura preguiça de pensar. Se for pra ser idiota, pelo menos seja sob o seu próprio ponto de vista e com argumentos e pensamentos seus. Pelo menos há algum mérito nisso. Pior, é só ser um papagaio debiloide que repete as asneiras que circulam a um clique de distância de você. Não me venha colocar a culpa na pseudo luta de classes entre usuários de Iphone e Android, porque independente da plataforma que você usa, do celular que você tem e da utilidade que a internet tenha pra você, várias redes foram extintas pela Orkutização e cabe apenas a nós a responsabilidade pela permanência das atuais. Amigo leitor, coloque cada coisa no lugar certo. Principalmente seu cérebro. P.S.: Quem não entendeu esse texto pode clicar aqui para ver um meme ou a foto de um gatinho sorridente e logo depois clicar em Compartilhar.

  • 05.04.2012 02:11 Ulysses Remy

    Meu amigo Pablo, faço das tuas palavras as minhas. Ridículo essa segregação, eu tenho um Iphone, orkutização etc etc... Reflexo de uma sociedade cada vez mais burra e consumista..... Groselha pura!

  • 05.04.2012 03:45 Juliana

    Concordo... luxo para todos!

  • 04.04.2012 07:29 rodrigo ribeiro

    Um dos bons posts. Nunca entendi essa restrição do Instagram quanto aos outros dispositivos, as câmeras de iphone e ipads só estão boas agora nas últimas versões. " Os grupos do Facebook ainda não conseguiram se estabelecer da mesma forma como as comunidades do Orkut. O debate não fica sistematizado tal qual na rede social que veio primeiro. " Os debates, na internet pós acesso discado, vem da ferramenta chamada BBS, Bulletin Board Systems, os chamados fórums, embriões das redes sociais como se apresentam hoje, esses nem o orkut, apesar de ter tentado e construído algo semelhante, conseguiu derrubar! Na internet a informação nasce primeiro nos fórums!

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