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Bia Tahan
Bia Tahan

Jornalista / bia@palavracom.com

Metrópole

Trim ou tesourinha

Sou absolutamente apaixonada por Woody Allen | 28.07.11 - 20:45

O mundo certamente se divide em categorias, dos que usam trim ou tesourinha, por exemplo. Ou daqueles que amam ou odeiam Woody Allen. Eu, graças aos deuses do cinema, me enquadro na categoria de fã do baixinho neurótico de Manhattan.

Sou absolutamente apaixonada pelos diálogos bem-humorados dos filmes dele, com aquela pouca fé que ele leva pela humanidade em geral. Seus questionamentos sobre a morte, vida, religião, análise, casamento, homens e mulheres. Sem falar da sua hipocondria, que eu considero adorável.

Salvo por alguns deslizes da sua vasta filmografia, como os chatérrimos Scoop e O escorpião de Jade, Woody tem se mantido em forma. E ainda têm aqueles por qual tenho absoluta adoração e sou capaz de ver milhões de vezes com tanto entusiasmo quanto da primeira. Nessa categoria estão Hanna e suas irmãs, Maridos e Esposas, Crimes e Pecados e Noivo Neurótico, Noiva Nervosa.

Demorei um pouco, mas assisti essa semana Meia Noite em Paris. Não é uma obra-prima certamente, mas o filme é bem gostoso. Em primeiro lugar porque Woody soube escolher bem o seu  alter ego, o também feio, mas engraçado  Owen Wilson, um dos atores mais carismáticos da sua geração.

A locação também ajuda bastante, afinal Paris é uma festa, como já disse Ernest Hemingway, personagem no novo filme de Woody, assim como Buñel, Scott Fitzgerald, Picasso, Gertrude Stein, Cole Porter. O enredo é simples: um escritor de férias em Paris surrealmente volta aos anos 20 e ali encontra os caras mais importantes do século passado.

Adoraria ser o personagem principal de Meia Noite em Paris, mas certamente minha viagem ao tempo seria outra. Iria para o Rio de Janeiro de Jobim e Vinícius, para longas madrugadas de uísque e rodas de música.

Fora a farra,que obviamente era das boas,  tenho a impressão que aquele tempo era mais simples e as pessoas mais interessantes. O mundo hoje está muito pasteurizado, todo mundo querendo ser jovem, magro, rico e bem-sucedido. Uma verdadeira chatice. Eu queria era tomar porres homéricos escutando Insensatez.

À propósito, o trim para mim é um objeto de tortura. Sou da turma da tesourinha.


Comentários

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  • 31.07.2011 01:06 José Ricardo de Almeida veiga Jardim

    Bia,compartilho do seu ponto e vista.Vou além.Porque as pessoas ,atualmente,parecem não curtir os ditos "Clássicos da Literatura"?Muito do que vivemos e questionamos já foi debatido,seja por Balzac,Vitor Hugo,Sheakspeare ,Henry Fielding,Platão,Sócrates..........Uma questão me atrai:algumas empresas insistem em contratar pessoas sob o titulo de "AUXILIAR DE APOIO".O que seria isso?

  • 30.07.2011 19:27 Renata Cunha Razuk

    Bia, sou apaixonada pelo Woody Allen, ele é meu diretor favorito, assistir qualquer filme dele é excelente divertimento na certa. Os diálogos e os questionamentos dele são ótimos. E na sua lista vou acrescentar um dos meus favoritos "Match Point", Beijos. (Meus meninos tem pavor de trim, rsrsrs).

  • 29.07.2011 15:45 Joao nepomuceno

    Que mestre! Comentou cinema, cotidiano, Paris, Rio e Bossanova. E embalada por um prosaico trim. Gratuliere.

  • 29.07.2011 01:09 Thais

    O que estiver disponivel, tesourinha ou trim. O que nao da pra aguentar sao as unhas longas...As falsas entao me dao ansia de vomito!

  • 28.07.2011 23:07 Fernanda Toledo

    Ja eu prefiro a tesourinha tambem, com toda essa turma!

  • 28.07.2011 22:00 Raphael Campos Furtado(Soro)

    Eu sou da turma do trim, mas sou fã do baixinho também!

  • 28.07.2011 21:30 Sergio Paiva

    Trim sem duvida alguma.

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