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Othaniel Alcântara
Othaniel Alcântara

Othaniel Alcântara é professor de Música da Universidade Federal de Goiás (UFG) e pesquisador integrado ao CESEM (Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical), vinculado à Universidade Nova de Lisboa. othaniel.alcantara@gmail.com / othaniel.alcantara@gmail.com

Música Clássica

Na música, qual é a diferença entre “gênero” e “estilo”?

| 31.08.20 - 18:37
Dias atrás, uma ex-aluna (Andressa) entrou em contato comigo, via WhatsApp, para perguntar qual a diferença entre “estilo” e “gênero”. 
 
Antes de mais nada, preciso dizer que vamos agora tratar de um tema bastante confuso. Por vezes, esses dois termos são até usados com a mesma finalidade. Vale ressaltar que, neste texto, me proponho a fazer apenas um comentário superficial sobre alguns dos aspectos musicais e históricos relacionados a esse tema, já que, por falta de espaço, não seria possível abordar tópicos concernentes aos processos de interpretação e escuta musicais, nem mesmo aqueles de natureza extramusicais (socioculturais etc.), os quais, para um estudo mais aprofundado, devem ser levados em conta. 
 
Gênero Musical
 
De início, convém dizer que, etimologicamente, o vocábulo “gênero”, de acordo com o Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, vem do latim Genus, eris: “classe”. Destaco que no item 2 do imenso conteúdo dedicado a esse vocábulo, encontra-se grafado: “característica(s) que uma coisa tem em comum com outra, e que lhe(s) determina(m) a essência”.
 
Na prática, a indústria musical, de uma maneira mais ampla, costuma empregar a palavra “gênero” para aqueles tipos consolidados de composição, tais como o jazz, o rock, o sertanejo, o samba etc. Já na música “clássica” ou “erudita”, a expressão “gênero musical” refere-se, na maioria dos casos, aos termos sinfonia, concerto, sonata, ópera etc.
 
Gênero no terreno da Música Popular
 
Ora, ao ouvir um “samba” você dificilmente vai dizer que se trata de um “rap”, não é? Isso porque, mesmo ouvindo sambas de autores diferentes, podemos verificar que existem elementos musicais comuns compartilhados por esses artistas, tais como: tipos de instrumentos - incluindo violão, cavaquinho, percussão etc.-; ritmos afro-brasileiros, como é o caso da síncopa; tipos de textos etc. 
 
Não anseio transitar, aqui, pelo viés da discussão que explora o peso de fatores extramusicais na tentativa de se conceituar a expressão “gênero musical”. Contudo, mais uma vez buscando o exemplo do “samba”, fica evidente que - além dos elementos musicais - há vários fatores de ordem social e cultural que podem determinar se uma determinada música é ou não um “samba”.
 
Gênero no universo da Música Clássica
 
Relembrando, em princípio, costuma-se dizer que “gênero” diz respeito a um ajuntamento de obras que comungam características semelhantes. 
 
Correa (2018, pp. 01, 03, 05) destaca alguns pontos importantes acerca deste tema. Primeiro, de acordo com esse pesquisador, ao longo dos tempos, alguns gêneros conservaram suas características primordiais, isto é, aquelas particularidades vinculadas ao pensamento musical da época em que foram criados. 
 
Enquanto isso outros “gêneros”, embora tenham mantido suas denominações, sofreram alterações estruturais, estéticas, ou mesmo de cunho socioculturais. Aqui, podem ser incluídas a sinfonia e o rock, no caso da Música Popular. Ou seja, “gêneros musicais”, após criados, podem ser transformados, amalgamados e extintos, como resposta às configurações de ordem cultural, social e política de cada época.
 
Também, ainda nesse cenário, não podemos nos esquecer, por exemplo, dos novos padrões composicionais da música “erudita” do Século XX - atonais, em sua maioria. É o caso das músicas serial, concreta, eletroacústica etc. Nessas, a maior liberdade de criação acaba por diminuir, talvez, a importância dessa categorização por “gênero”. É evidente que este não é o caso da obra neoclássica de Prokofiev (1891-1953), a Sinfonia Clássica, a qual, embora tenha uma “roupagem” do Século XX, evoca um "gênero" bem tradicional.
 
Falando especificamente a respeito do significado de “gênero musical” na música de concerto de tradição europeia, o musicólogo Mário de Andrade (1893-1945) - aquele mesmo, autor de Macunaíma - registra em seu Dicionário Musical Brasileiro:
 
"Gênero Musical - 1) Aspecto [...] de uma obra musical de uma época ou escola que se faz distinta por uma combinação de fatores: quanto ao emprego do sistema sonoro de referência (modal, tonal, dodecafônico), quanto às características estruturais (no plano da composição - forma sonata, forma imitativa, tocata), quanto aos meios materiais de expressão (música vocal, instrumental, orquestral, de câmara), quanto ao texto (sacro ou profano) e quanto à função (ritual ou litúrgica, para a dança, para o trabalho)". (Andrade, 1989, p. 242 - 243).

Assim, pode-se dizer que é por meio dessa aludida “combinação de fatores” (textura, forma etc.) que conseguimos distinguir, por exemplo, uma “suíte de danças” de uma obra religiosa (cantata, oratório etc.).
 
Cuidado! “Gênero musical” não é o mesmo que “forma musical”
 
É relevante destacar que, tradicionalmente, a “forma musical” é tida como o elemento responsável por estruturar e dar coerência a uma composição, independente do "gênero". Rememorando, já na virada do século XIX para o século XX, em função do acelerado processo de experimentações por parte dos compositores chamados “eruditos” ou “acadêmicos”, foi conquistada uma maior liberdade nos procedimentos composicionais.
 
Mesmo assim, Arnold Schoenberg (2001, p. 49), em seu Livro Harmonia, ao falar sobre “formas”, as define como a “disposição da construção e desenvolvimento das ideias musicais”.
 
Quando Schoenberg fala de “formas” (no plural), faz referência ao fato de existirem algumas maneiras diferentes - muitas vezes pré-estabelecidas - de se estruturar uma determinada peça (instrumental ou vocal) ou cada movimento de uma obra maior (sinfonia, concerto, sonata etc.). As “formas” mais conhecidas são: Forma Binária, Forma Ternária, Forma Variação, Forma Rondó e Forma Sonata. 
 
Agora complicou! Atenção: “Forma-Sonata” não é o mesmo que “gênero sonata”. Deve-se ter em mente que, em termos estéticos, a “forma”, no sentido de estrutura (surgida no classicismo) - como já mencionado - pode ser encontrada tanto no "gênero sonata”, quanto no primeiro movimento de outros gêneros, a exemplo do “concerto” e da “sinfonia”.
 
Melhor detalhando, a escolha do "gênero sonata" por parte do compositor leva em conta aspectos como, por exemplo, o tipo ou tamanho de instrumentação (música de câmara e não orquestral). A “forma sonata”, por sua vez, conforme registra Dourado (2008, p. 137), refere-se ao princípio de organização de uma peça ou de cada um dos movimentos de uma obra maior - observados seus elementos musicais, tais como: tonalidade, tema, repetições e variações.
 
Estilo Musical
 
Encontra-se grafado no Dicionário de termos e expressões da música, elaborado por Henrique Autran Dourado (2008, p. 146), que “gênero” pode “identificar uma variedade de estilos e correntes musicais que comungam de certa identidade entre si”. 
 
Mas, o que se entende por “estilo”? Em uma primeira definição, Dourado (2008, p. 123) registra que a expressão “estilo musical” é habitualmente empregada para particularizar obras compostas em períodos distintos: Barroco (aproximadamente entre 1600 e 1750), Clássico (em torno de 1750 a 1810), Romântico (mais ou menos entre 1800 a 1910), etc. 
 
Novamente no entendimento desse autor, a expressão “estilo musical” pode se referir a diferentes categorias de associação. A título de ilustração, Henrique Dourado reporta-se à maneira peculiar de um compositor (estilo de Mozart) ou de um intérprete ou ainda, às distintas “escolas” composicionais (estilo alemão, estilo napolitano etc.).
 
Mas, como identificar um “estilo”? Jan LaRue, em seu Análisis del estilo musical (2004), deixa claro que sua argumentação sobre “estilo” baseia-se, preliminarmente, em um estudo descritivo dos elementos musicais que compõem uma obra de arte. É importante lembrar que entre esses elementos estão a “forma”, a “melodia”, a “harmonia”, o “ritmo”, o “timbre” e a “textura”.
 
Até mesmo o “econômico” Roy Bennett (1986, p. 11), em Uma Breve História da Música, pode contribuir para o entendimento do que vem a ser “estilo” em música. Para Bennett, “estilo” seria o modo como “compositores de épocas e países diferentes apresentam” os elementos básicos da música (melodia, harmonia, ritmo, timbre, forma, textura) em suas obras. Este ainda acrescenta que, de fato, trata-se da maneira particular como os componentes supramencionados “são tratados, equilibrados e combinados, o que faz com que certa peça tenha o sabor característico ou o estilo de determinado período [ou mesmo de um determinado compositor etc.]”. 
 
Há também quem diga que um tipo específico de “estilo” pode emergir de um “gênero musical” há tempos consolidado. Voltando a falar sobre Música Popular, a título de exemplo, podemos citar o chamado “sertanejo universitário”, o qual pode ser considerado um “estilo” que faz parte do “gênero” conhecido como “música sertaneja”.
 
Considerações Finais
 
É claro que esse assunto não se esgota aqui, até porque sobre esse tema há discordâncias até entre importantes autores. Seria interessante que também se explorasse aqui, a questão do hibridismo em música.
 
Enfim, muitas perguntas poderiam ser feitas sobre os termos “gênero” e “estilo”: 1) A música de tradição oral (folclórica) seria um gênero musical? 2) Ainda existe, atualmente, uma barreira estética, ou social, entre os repertórios cultivados nos chamados campos popular, erudito e folclórico? 3) Podemos utilizar os termos gênero vocal e gênero instrumental? 4)  Quarteto de Cordas é um gênero ou apenas um tipo de instrumentação? 5) O “choro” é um “gênero” ou um “estilo”? 6) Tecnobrega é um “gênero musical”?

Se você, leitor, quiser e puder contribuir para o maior entendimento desse tema, deixe seu comentário no espaço abaixo, destinado aos comentários referentes a essa coluna.
 

REFERÊNCIAS:
 
Andrade, Mário de. (1989). Dicionário Musical Brasileiro. Belo Horizonte: Itatiaia.

Bennett, Roy. (1986). Uma breve história da música. Rio de Janeiro: Jorge Zahar ed.

Correa, Marcio Guedes. (2018). Gêneros musicais e suas múltiplas funções e significados no repertório e nas áreas de conhecimento. (Tese de Doutorado em Música. Orientadora: Sônia Regina Albano de Lima). Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho".

Dourado, Henrique Autran. (2008). Dicionário de termos e expressões da música. São Paulo: Editora 34.
 
Ferreira, Aurélio Buarque de Holanda. (2004). Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Editora Positivo.

LaRue, Jan (2004). Análisis del estilo musical. Espanha: Idea Books.

Schoenberg, Arnold. (2001). Harmonia. São Paulo: Editora UNESP.


Comentários

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  • 18.09.2025 08:58 TIAGO DE OLIVEIRA DIAS

    Gostei muito do que li. O texto trás claramente uma noção sobre o que venha ser gênero e estilo, elucidando algumas dúvidas corriqueiras, já que os termos são confundidos pelas pessoas quase que naturalmente sendo que são termos distintos que andam juntos no âmbito da arte. Também achei interessante a parte da forma musical que pode ser confundida com gênero, mas, não sendo gênero mas sim a forma com que uma melodia é predisposta a ser estruturada

  • 17.09.2025 22:25 Paulo Octávio Silva de Alvim

    Achei bastante esclarecedor o modo como foi feita a distinção entre “gênero” e “estilo” musical. Muitas vezes, usamos esses termos como se fossem a mesma coisa, mas, na verdade, cada um possui um sentido próprio e uma função diferente na música. O texto mostra que o “gênero” está ligado a uma classificação mais ampla, como samba, rock ou sinfonia, enquanto o “estilo” se refere a características específicas, seja de um período histórico, de um compositor ou até de uma forma particular de interpretar. É interessante perceber como esses conceitos se transformam com o tempo e como ajudam a compreender melhor a diversidade musical.

  • 17.09.2025 21:33 Marina Santana Esperidião

    Achei o artigo muito esclarecedor! Ele conseguiu explicar de forma clara e acessível um tema que costuma gerar bastante confusão. Mostra bem a diferença entre “gênero” e “estilo” musical, destacando que o gênero é algo mais amplo, uma forma de agrupar músicas que compartilham determinadas características, como no exemplo do samba. Já o estilo costuma estar mais ligado a uma época, a um compositor ou até mesmo a um intérprete. O que mais achei interessante é interessante perceber que essas definições não são fixas e podem mudar com o tempo, acompanhando transformações sociais, culturais e históricas, já que a música se reinventa a cada época. Parabéns pela excelente escrita!

  • 17.09.2025 21:24 Livia dos Santos Calizotti

    Achei o texto sobre gênero e estilo muito interessante, principalmente porque sempre tive dificuldade em diferenciar esses conceitos na música. A explicação foi clara e ajudou a entender que gênero é mais ligado à forma ou ao tipo de música, enquanto o estilo mostra algo mais particular, que pode variar de acordo com o compositor, a época ou até a forma como a obra é interpretada. Gostei bastante do exemplo do sertanejo, uma vez que é meu estilo musical favorito, que mostra como um mesmo gênero pode ter estilos diferentes, como o sertanejo raiz e o sertanejo universitário. Isso deixou o assunto bem mais fácil de visualizar e me fez perceber que esses dois conceitos, embora parecidos, têm funções diferentes dentro da música, o que ajuda a explicar por que ela consegue atingir e agradar públicos tão diversos.

  • 17.09.2025 20:12 Rafaela Rodrigues Costa

    O texto é bastante esclarecedor em relação aos gênero e estilo musical, além de ajudar a distinguir e entender melhor cada conceito. Interessante a abordagem de como os gêneros musicais possuem elementos que permite identificá-los, sendo que eles ainda podem ser transformados de acordo com o contexto social de cada época e como o estilo musical vai além de uma simples classificação e está relacionado à maneira de tratar os elementos musicais. Leitura bastante enriquecedora para o conhecimento sobre os diferentes aspectos da música.

  • 11.09.2025 09:58 Elisa Fernanda Silva

    O texto apresenta uma abordagem introdutória, mas rica e instigante, sobre os conceitos de gênero e estilo musical, é extremamente bem estruturado, com linguagem acessível sem perder o rigor conceitual. Ele cumpre bem o papel de introduzir e problematizar os termos "gênero" e "estilo musical", e ainda oferece um convite à reflexão crítica e ao aprofundamento, tanto acadêmico quanto pessoal. Destacando com clareza a complexidade e as ambiguidades envolvidas nesses termos, especialmente quando aplicados a contextos distintos como a música popular e a música erudita. O texto termina de forma inteligente ao não concluir de maneira fechada, mas sim propondo novas perguntas. Isso estimula o leitor a refletir criticamente e dá espaço para a pluralidade de interpretações e debates. Uma leitura bastante proveitosa para estudantes, pesquisadores e interessados em música de modo geral.

  • 10.09.2025 19:14 Daniela da Silveira Ribeiro

    A discussão sobre a diferença entre "gênero" e "estilo" é muito interessante e um pouco confusa, mas o texto esclarece isso muito bem. Sendo o gênero musical uma referência a categorias como samba, rock..., que compartilham contextos socioculturais, podendo se transformar durante o tempo. Já o estilo musical refere-se a maneira particular de tratar os elementos musicais ou referir a períodos históricos. Uma ótima discussão sobre o tema!

  • 10.09.2025 16:59 Amanda Marçal do Nascimento

    ?Gostaria de parabenizá-lo pela clareza e precisão deste artigo. A distinção entre "gênero" e "estilo" é um ponto fundamental nos estudos de música, e sua abordagem teve uma ótima didática. ?O que mais me chamou a atenção foi a forma como o senhor construiu o raciocínio a partir da origem da palavra, definindo o "gênero" como uma estrutura base. Ao posicionar o "estilo" como a assinatura particular do artista, da época ou do local dentro dessa estrutura, o texto nos oferece uma excelente ferramenta de análise. ?Essa clareza é muito importante no cenário musical de hoje, onde as fronteiras entre gêneros são cada vez mais flexíveis. Seu artigo não apenas resolve uma confusão comum, mas nos ajuda a identificar com mais clareza onde termina a convenção de um gênero e onde começa a inovação de um estilo. ?Meus sinceros agradecimentos pela contribuição. Esta leitura foi muito enriquecedora para nossas discussões em sala de aula. Amanda Marçal do Nascimento Matrícula: 202404602

  • 05.09.2025 17:08 Pedro Schindler

    Nome: Pedro Schindler, matrícula 202202459 Achrei muito bacana o texto, essa discussão sobre gênero e estilo sempre dá um nó na cabeça da gente. pelo que entendi, gênero seria uma categoria mais ampla, tipo a "gaveta" onde a gente guarda as coisas, e o estilo é o "jeito" como cada música é feita dentro daquela gaveta, a combinação dos elementos que dá a cara da coisa. respondendo às perguntas que o texto levanta, na minha opinião, o choro é um bom exemplo de como essas coisas se misturam. acho que nasceu como um estilo, um jeito de tocar, mas ficou tão forte e característico que hoje em dia a gente trata como um gênero mesmo. já o quarteto de cordas me soa mais como uma formação, uma instrumentação, como o próprio texto sugere. dá pra tocar vários estilos e gêneros diferentes com um quarteto. e sobre a barreira entre erudito e popular, acho que hoje ela é muito mais uma questão de circuito e de mercado do que estética. a música em si tá cada vez mais híbrida, um artista pega coisa do outro o tempo todo, o que é ótimo. o tecnobrega, por exemplo, pra mim é um gênero musical com certeza, com suas próprias características, sua cena e tudo mais. valeu pela reflexão!

  • 05.08.2024 21:11 Tallya Jesus Sousa Barbosa

    É muito interessante observar que, mesmo com toda a explicação realizada, não é possível separar perfeitamente os conceitos apresentados, pois todos fazem referência a uma mesma ação, que é a de categorizar as músicas conforme diferentes elementos, e ao mesmo tempo tudo isso está atrelado a questões culturais e subjetivas, não se tratando de uma ciência exata. É uma análise cheia de detalhes e sutilezas, assim como de fato a música é.

  • 03.08.2024 12:38 Vitor Davi Ferreira

    Na minha opinião, o artigo é extremamente útil para esclarecer esse assunto, pois oferece tanto a definição etimológica quanto a usada para classificar diversas obras. Embora analisar gênero e estilo separadamente nos proporcione algum entendimento, aprofundar no assunto revela pontos de interseção entre as classificações, o que pode causar confusão, mas não impede a construção de uma visão geral sobre o tema. Ótimo texto!

  • 03.08.2024 01:25 Francisco de Azevedo Castro Neto

    O texto nos mostra a diferença entre "gênero" e "estilo" musical de forma didática e acessível. Gênero refere-se a categorias amplas de composição, como jazz, rock ou sinfonia, identificadas por características musicais comuns. Estilo, por outro lado, é mais específico, refletindo a abordagem única de um compositor ou período histórico, como o estilo Barroco ou o estilo de Mozart. A distinção é essencial para entender a diversidade e a evolução da música, abrangendo desde elementos estruturais até influências socioculturais. Este texto é uma excelente introdução para quem busca compreender esses conceitos fundamentais na teoria musical.

  • 31.07.2024 00:25 Andressa de Barros Duarte

    O assunto do texto é muito interessante e pouco analisado para quem não é da área do estudo da música. Eu nunca havia refletido sobre essa distinção e o texto foi esclarecedor para entender que gênero se trata de algo "consolidado" e estilo são as variações possíveis dentro de um gênero.

  • 23.07.2024 18:15 Jessica Vilela

    Um estilo musical é uma subcategoria dentro de um gênero. Ele descreve características específicas de como a música é tocada ou apresentada. Pense nele como uma "variação" dentro do gênero. Não obstante o o gênero é uma categoria geral.

  • 28.06.2024 10:46 Lucas Cruz

    Embora seja um tema complexo e subjetivo a distinção entre gênero e estilo é fundamental para compreensão e apreciação musical. No texto o professor esclarece de maneira objetiva essa diferença evidenciando que gênero refere-se a categorias mais amplas de música como Jazz e Rock na música popular e concerto e sinfonia na música erudita, o estilo por outro lado é abordado como maneiras diferentes de compor e interpretar a música dentro de um gênero. O texto do professor foi bastante claro e abriu novos horizontes para entender contexto nos quais músicas e intérpretes estão inseridos.

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Othaniel Alcântara é professor de Música da Universidade Federal de Goiás (UFG) e pesquisador integrado ao CESEM (Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical), vinculado à Universidade Nova de Lisboa. othaniel.alcantara@gmail.com / othaniel.alcantara@gmail.com

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