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Letticiae Bittencourt é sommelière formada pela Associação Brasileira de Sommeliers / letticiaebittencourt@gmail.com

Mais vinho

Velho Mundo x Novo Mundo

| 29.06.12 - 20:45

É muito comum dizer a respeito de um vinho que ele vem do Velho ou do Novo Mundo. O Velho Mundo se refere à Europa, apesar de que os resquícios mais antigos da bebida foram encontrados na região que hoje é o Irã, onde já se fazia vinho há 7000 anos. A Europa, conta 4500 anos vitivinicultura. Itália, França, Espanha, Portugal e Alemanha concentram a maior parte da produção e são os países mais representativos do Velho Mundo no universo do vinho.

Quanto ao Novo Mundo, a vitivinicultura nesses países foi fundada pelos conquistadores, exploradores e missionários europeus a partir do séc. XV. Os mais importantes para a indústria vinícola hoje são Chile, Argentina, Estados Unidos, África do Sul, Austrália e Nova Zelândia. Outros três países do Novo Mundo onde a produção tem aumentado bastante e seus vinhos têm ganhado espaço no mercado internacional são Uruguai, Canadá e Brasil.

Até recentemente, era fácil reconhecer, ao se degustar um vinho, se ele era do Velho ou do Novo Mundo. O primeiro teria aromas mais sutis e complexos e seria um vinho elegante e delicado; enquanto o segundo teria mais corpo, álcool mais perceptível e aromas frutados bem marcantes. Uma expressão que se popularizou para descrever os vinhos do Novo Mundo é fruit bomb (bomba de frutas). Já dos vinhos do Velho Mundo, diz-se que são de terroir. Essa palavra francesa se refere à combinação das características geográficas, geológicas e climáticas de um determinado local que contribuem para dar qualidades específicas únicas para o vinho feito com as uvas lá cultivadas.

Hoje em dia, não é mais tão simples diferenciar um vinho do Velho Mundo de um do Novo Mundo. Produtores de ambas as regiões têm aprendido uns com os outros e com a modernização das técnicas de vinificação é possível, por exemplo, fazer na África do Sul um vinho que facilmente se passaria por francês numa degustação às cegas; assim como muitos jovens Barolos e Barberas da Itália parecem mais vinhos do Novo Mundo.

O australiano Heartland Shiraz 2009 com seu teor alcoólico de 14,5% e intensos aromas de groselha, amora, chocolate, tabaco e especiarias é um bom exemplo de vinho do Novo Mundo. Na boca, é opulento, mas macio e de taninos suaves. Do steak au poivre ao hambúrguer, é ótima combinação para carne bovina. R$79 no site www.grandcru.com.br.



O Château d’Aussières 2008 é produzido na região de Languedoc-Roussillon por uma vinícola pertencente à famosa Domaines Barons de Rothschild (Lafite). É um típico vinho do sul da França, feito de um corte de uvas tradicionais da região – Syrah, Grenache, Mourvédre e Carignan. Segue o estilo dos vinhos complexos e refinados do Velho Mundo. Harmoniza bem com carnes vermelhas, principalmente cordeiro. R$ 138,30 no site www.mistral.com.br.


Em Goiânia, os vinhos da Mistral você encontra no Empório Sírio-Libanês e na Maison des Caves, e os da Grand Cru, no Empório Piquira’s.

Dúvidas sobre o maravilhoso mundo dos vinhos? Mande sua pergunta pelo Twitter: @Letticiae
ou email: letticiaebittencourt@gmail.com

Comentários

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  • 30.06.2012 08:42 Fabrícia Hamu

    Mais uma vez adorei a coluna. Além de informativa e gostosa de ler, me disse onde encontro os vinhos da mistral em goiânia. Merci!.

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