Pedro Jacobson

Goiânia - A arquitetura do Jockey Club de São Paulo (JCSP) carrega o estilo neoclássico da Art Déco, legado deixado por Henri Sajous. O artista francês foi responsável pela remodelação do JCSP, feita na década de 50. Para compor a estética e a sofisticação desejada para o clube, o projeto de Sajous teve a contribuição dos protagonistas da coluna dessa semana, os artistas Bernard Dunand e Victor Brecheret.
Filho do renomado artista Jean Dunand, Bernad Dunand foi responsável pelo visual do salão de festas. O interior do salão foi decorado com o trabalho “O puro sangue em movimento” de Bernard Dunand. É evidente a inspiração na obra do pai “La conquête du cheval”, um clássico da Art Déco francesa que serviu de inspiração para o visual composto para o clube paulista.
"La conquête du cheval" e "O puro sangue em movimento". (Foto: Arquivo)
Considerado um dos primeiros modernistas brasileiros de sucesso, Victor Brecheret, conhecido pelo “Monumento às Bandeiras” do Parque Ibirapuera, também foi o autor de algumas esculturas que compõem o visual do Jockey Club de São Paulo. Brecheret faleceu em 1955, no mesmo ano em que a nova Tribuna dos Sócios Iniciou as atividades. Portanto, as esculturas para o prédio são provavelmente os últimos trabalhos da vida do artista.
Restauro
Atualmente, o JCSP passa por um trabalho de restauro conduzido pela Organização Social (OS) Elysium Sociedade Cultural. O projeto levará em consideração um estudo conduzido com o objetivo de manter a arte definida para o clube, conservando as inspirações que Sajous, Dunand e Brecheret tiveram na década de 50 para o local.
A captação de recursos para o trabalho foi feita por meio da Secretaria Especial da Cultura, junto ao Ministério do Turismo. O valor total é de pouco mais de R$ 10 milhões e subsidiam seis etapas, sendo que a primeira foi concluída no fim do ano passado.
