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José Abrão é jornalista e mestre em Performances Culturais pela Faculdade de Ciências Sociais da UFG / atendimento@aredacao.com.br
Antes mesmo de eu vir aqui dar os meus dois centavos sobre a adaptação live-action de Cowboy Bebop, a Netflix já foi lá e cancelou o seriado após apenas uma temporada de 10 episódios. Acho que estou decepcionado, mas não surpreso.
Neste meio tempo, eu sou a única pessoa que eu conheço que de fato gostou da série: a estética única e ao mesmo tempo fiel ao anime; o roteiro meio non-sense; o comprometimento total dos atores principais; o retorno de Yoko Kanno para a trilha sonora. De alguma forma, porém, a maior parte da crítica e, principalmente, os fãs, parecem discordar de mim.
Além de ser uma resenha atrasada, elogiar o seriado agora parece como um obituário. Talvez se mais pessoas tivessem falado positivamente do programa um pouco antes, ele tivesse tido outro fim.
O que mais me impressiona, porém, não foi a celeridade com que a série foi cancelada (apenas três semanas após o lançamento), mas, novamente, o poder exercido pelo fandom. Não há dúvida que o cancelamento foi ocasionado majoritariamente devido à recepção negativa por parte dos fãs já consolidados e antigos do anime original.
Sem dúvida, a dificuldade da série em encontrar uma nova audiência (além de ser uma produção cara, com grandes nomes e bastante CGI) também teve um grande papel, mas não me parece que foi o fator decisivo na hora de bater o martelo. Da minha parte, eu estava animado para o que uma segunda temporada poderia oferecer, mas sabe como é: easy come, easy go.
…see you, space cowboy