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De mercado municipal a um dos principais espaços da cultura goiana

Centro Cultural Octo Marques abriga galerias | 01.04.22 - 17:12
De mercado municipal a um dos principais espaços da cultura goiana Foto: Letícia CoqueiroCarolina Pessoni
 
Goiânia - De mercado municipal a um dos principais espaços de cultura do estado. Esta é a trajetória do Centro Cultural Octo Marques (CCOM). O espaço, que abriga as Galerias de Arte Frei Confaloni e Sebastião dos Reis, está localizado no Edifício Parthenon Center, na Rua 4, número 215, no Centro da capital goiana. Antes de receber o então prédio mais moderno da cidade, inaugurado em 1976, o endereço abrigava o primeiro Mercado Municipal de Goiânia.
 
"Por volta de 1979, 1980, no local funcionava o Centro de Tradições Goianas, fundado pela então primeira-dama Maria Valadão. Já em 1988, na gestão de Henrique Santillo, o local foi transformado no Museu de Arte Contemporânea e só em 1999 foi readequado, passando a se chamar Centro Cultural Octo Marques", explica o superintendente de Fomento e Incentivo à Cultura, Nilson Gomes Jaime.
 
O nome para o espaço cultural foi sugerido pelo escritor José Mendonça Teles, a pedido do então secretário de Cultura, escritor Kleber Adorno, como forma de homenagear um dos artistas mais marcantes do século XX em Goiás.
 

Centro Cultural Octo Marques está localizado no Parthenon Center (Foto: Letícia Coqueiro)

Somadas, as galerias de Arte Frei Confaloni e Sebastião dos Reis chegam a 1000 m². Além disso, o espaço conta com uma Escola de Artes Visuais e abriga a Superintendência de Fomento e Incentivo à Cultura, que operacionaliza as políticas de estímulo à cultura no Estado. "A Escola de Artes funciona desde 1992 com cursos presenciais e também on-line de pintura, gravura e aquarela", conta Nilson.
 
O superintendente destaca que o CCOM é um lugar icônico do centro de Goiânia. "Uma casa de cultura tem, em sua edificação, parte da história. Lembrar que naquele local já foi o mercado, o Centro de Tradições Goianas, é emblemático."
 
Além disso, a localização é um dos destaques do centro cultural, pois é de fácil acesso de diversas regiões da cidade. "É um espaço nobre, localizado bem no meio de Goiânia, além de ser uma das maiores galerias da cidade. O CCOM tem que fazer parte de todos os projetos de revitalização, ocupação e turismo cultural do centro. É um destaque da capital."


Nilson Gomes destaca que o CCOM é um "espaço nobre" da cultura goiana (Foto: Letícia Coqueiro)
 
Para expor no CCOM, basta enviar um ofício à Secretaria de Cultura do Estado ou diretamente à Superintendência de Fomento e Incentivo à Cultura. É realizada uma curadoria para a seleção das obras e montagem das exposições. Já para se inscrever nos cursos, basta entrar no site da Secult ou comparecer diretamente ao Centro Cultural e fazer a inscrição gratuitamente.
 
Exposição
A Galeria Frei Nazareno Confaloni, localizada no centro cultural, recebe até o dia 13 de maio a exposição individual “Maxilar apertado o dia inteiro... Mesma coisa que mastigar pedras...”, do jovem artista Estevão Parreiras.
 
A exposição tem curadoria de Divino Sobral e é um recorte que reúne mais de uma centena de trabalhos do artista, produzidos entre 2018 e 2022. São desenhos realizados com diversos materiais e em diferentes dimensões, do pequeno ao grande, que mostram o amadurecimento técnico e o aprofundamento poético de Estevão Parreiras ao longo de cinco anos.
 
De acordo com Estevão, essa exposição trata sobre como ele percebe o mundo, vê as coisas e como essas coisas afetam. "Dentro dessas questões, tem a presença da memória de lugares afetivos, volta ao imaginário, percepção de memória, religiosidade popular e várias simbologias", explica.
 
O artista explica ainda que as obras selecionadas apresentam várias questões sobre o próprio fazer artístico do desenho, que é a linguagem em que são materializadas essas questões. "São mais de 150 trabalhos, todos são desenhos sobre papel, com diferentes materiais, como giz, aquarela, tinta guache, lápis de cor."
 
Para Estevão, ter uma exposição individual montada no Octo Marques foi de suma importância para o seu trabalho. "O CCOM é carregado de história, por onde já passaram diversos artistas incríveis. Poder fazer minha primeira exposição em Goiânia nesse espaço e fazer parte dessa história é maravilhoso."
 
Ainda de acordo com o artista, a importância do CCOM é imensurável, por sua localização e ponto de realização de eventos, principalmente ligado às artes visuais. "É um local com galerias com uma carga histórica impressionante, que se fez resistente nesses tempos difíceis de pandemia com diversas exposições virtuais e, agora, na retomada, com diversas exposições agendadas. O CCOM é de suma importância para o cenário cultural de Goiás e vale sempre estar fazendo visitas a esse espaço, pois sempre está acontecendo algo legal."
 
Quem foi Octo Marques
Octo Marques era um artista autodidata, pintor primitivista e escritor. Nasceu na Cidade de Goiás, no dia 8 de outubro de 1915, e faleceu em Goiânia, no dia 22 de abril de 1988. Era uma figura conhecida na antiga capital, mas sua simplicidade e alcoolismo não o levaram ao reconhecimento de seu talento. Apenas após sua morte algumas de suas obras passaram a se valorizar. 


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