Gabriel Neves
São Paulo - Um sonho de criança que virou realidade. É assim que define o hoje jóquei Everton Pereira da Silva. Apaixonado por montarias, Silva deixou Recife, no Pernambuco, e se mudou pra São Paulo na adolescência. O maior incentivador desde o início, como ele mesmo conta com orgulho, foi o próprio pai. Everton foi criado em meio a cavalos. Daí surgiu sua paixão pelo turfe. Mas foi só aos 16 anos que resolveu transformar o hobby em profissão.
Com talento e dedicação, Everton Pereira da Silva chegou ao Jockey Club de São Paulo (JCSP), palco dos treinos, corridas, competições e trabalhos do jóquei com os cavalos. Hoje com 23 anos, Everton, assim como os colegas de profissão, começa a lida com os animais puro-sangue bem cedo. “Às 6h já estamos nas raias para começar”, explica. “Temos de lidar com esses horários, e a adaptação vai vindo aos poucos.” De acordo com ele, o horário da manhã é o melhor de todos para os cavalos, especialmente por causa do clima, que costuma ser mais ameno.
É o Jockey, que inclusive tem passado por obras de restauro pela Elysium Sociedade Cultural, que, na visão de Everton, agora também deve ter mais brilho. “Acredito que as obras [restauro] vão dar uma cara nova ao clube, que é histórico", pontua. Embora a avaliação seja positiva com relação às obras de restauro, Everton lamenta a fase complicada que o turfe tem vivido no Brasil nos últimos anos e a dificuldade de se alcançar uma renovação no esporte. “O turfe no Brasil não está como a gente gostaria que estivesse. Aqui ele não se renova”, afirma. Everton diz ao jornal A Redação que um dos seus planos para o futuro, diante dessa baixa valorização no País, é seguir rumo ao exterior, onde vê uma categorização mais definida do esporte, além do reconhecimento.
Apesar do cenário, que muda a passos lentos, Everton, jovem que é, demonstra por si mesmo a renovação por meio de prêmios importantes que já garantiu com o esporte. “Em 2018, por exemplo, foi o ano em que ganhei as duas primeiras provas das tríplices coroas", lembra. “Mas ainda assim vale a pena. O turfe é uma área bem individual onde cada um tem que buscar o seu espaço e dar o melhor de si para obter bons resultados. Vale a pena, sim", finaliza.