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Monumento representa um capítulo da história política de Goiás

Instalação foi inaugurada em 2004 | 11.11.22 - 09:29 Monumento representa um capítulo da história política de Goiás (Foto: Letícia Coqueiro/A Redação)
 
Carolina Pessoni
 
Goiânia - No cruzamento das avenidas Assis Chateaubriand e Dona Gercina Borges, no Setor Oeste, região central de Goiânia, um monumento chama a atenção. Uma esfera metálica no canteiro central, o "Monumento aos Mortos e Desaparecidos na Luta Contra a Ditadura Militar" é a representação de parte da história política de Goiás.
 
A instalação é resultado de um concurso promovido pela Prefeitura de Goiânia em 2003 para a criação de um monumento que fizesse referência às pessoas que lutaram conta o regime militar em Goiânia. O vencedor da disputa foi o arquiteto Marcus Gebrim, que executou a obra em 2004, mesmo ano de sua inauguração.
 
O monumento, conforme explica Marcus, é um marco de memória das 15 pessoas que "doaram sua vida por um mundo melhor". "Para tanto, a proposta está orientada na sua concepção por um forte simbolismo", explica.


(Foto: Letícia Coqueiro/A Redação)
 
A esfera, o elemento mais importante da composição, é formada por 15 lâminas de aço. Ela refere-se à forma do planeta Terra, morada de toda a humanidade.
 
"Do seu ponto mais alto brota água, princípio da vida que escorre entre as partes constitutivas da esfera até um espelho d'água", destaca Marcus. O projeto da instalação ainda previa uma pira no interior da esfera, em que, conforme diz o arquiteto, deveria arder "a chama das ideias de democracia e justiça defendidas e propagadas por aqueles que, justamente por esses motivos, morreram." 
 

(Foto: Letícia Coqueiro/A Redação)
 
A placa instalada aos pés do monumento estampa os nomes dos 15 idealistas homenageados: Arno Preis, Cassimiro Luís de Freitas, Divino Ferreira de Souza, Durvalino de Souza, Honestino Monteiro Guimarães, Ismael Silva de Jesus, James Allen Luz, Jeová de Assis, José Porfírio de Souza, Márcio Beck Machado, Marco Antônio Dias Batista, Maria Augusta Thomaz, Ornalino Cândido, Paulo de Tarso Celestino e Rui Vieira Bebert. Na placa, uma inscrição ressalta que eles "foram mortos ou desaparecidos entre 1968 e 1979 porque defendiam a justiça e a liberdade."
 
O local onde o monumento foi instalado já estava previsto no edital do concurso. "Acredito que a intenção era dar mais visibilidade, estando ao lado de um parque público - o Bosque dos Buritis - , lugar de muita circulação de pessoas e carros", ressalta Marcus.
 
O arquiteto defende que os monumentos são marcos da memória de um povo e sua cultura. "Essa instalação significa a eterna lembrança, com a perpetuação na paisagem urbana, destes momentos importantes na história da sociedade, para que futuras gerações não se esqueçam dos horrores cometidos durante a Ditadura Militar em Goiás", encerra. 
 

Comentários

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  • 11.11.2022 11:14 Paulo Roberto Vilela Pinto

    Muito justa a homenagem àqueles que com sua luta e, alguns, com a própria vida, garantiram a volta da democracia que temos hoje. Parabéns ao grande arquiteto Marcus Gebrim, que com sua sensibilidade consegue traduzir a grandeza e importância das atuação desses nossos heróis, muitos deles, revolucionarios sem rosto.

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