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Sobre o Colunista
José Abrão
José Abrão é jornalista e mestre em Performances Culturais pela Faculdade de Ciências Sociais da UFG / atendimento@aredacao.com.br
(Foto: divulgação)O filme no primeiro lugar do top 10 mais assistidos da Netflix dessa semana não é um blockbuster enlatado, um thriller pouco original ou um romance pré-fabricado, mas algo totalmente inesperado: um filme de monstro.
E não é qualquer monstro: Troll da Montanha é um filme de monstro gigante, puxando sua inspiração de King Kong, mas principalmente de Godzilla e outros kaijus da Toho.
E já dou logo o serviço: o filme é muito legal. O ponto mais forte do longa é levar essa narrativa de monstro já conhecida para um novo contexto folclórico, se inspirando e se passando nas lendas da Noruega. Só por ser um filme de ação norueguês e todo naquela língua já é algo de se chamar a atenção.
Grosso modo, a trama acompanha um troll do tamanho de uma montanha que começa a aterrorizar a Noruega após ser despertado da sua hibernação por uma obra ambientalmente questionável para a construção de um trem bala.
O segundo ponto forte é esse. Décadas após seus lançamentos, King Kong e Godzilla foram ressignificados. Os monstros estão lá para falar de problemas muito reais: o imperialismo e a bomba atômica, respectivamente. É possível traçar a ameaça do troll norueguês ao nosso grande problema do momento: o iminente colapso ambiental. É a devastação e a ganância da humanidade que despertam a criatura e sua destruição é o troco da natureza de uma conta cheia de juros.
E antes que você vá na sessão de comentários destilar veneno, o terceiro ponto positivo é que o filme não se leva tão a sério. Ele sabe que é um filme de monstro clássico com outra roupagem e usa isso a seu favor com a inocência perfeita para virar um clássico da Sessão da Tarde. Com certeza merece seu play.