Foto: Letícia Coqueiro/A Redação
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Carolina Pessoni
Goiânia - Em meio a avenidas movimentadas, comércio intenso e toda energia que o Centro de Goiânia emana, um local de silêncio se destaca. No cruzamento entre as avenidas Araguaia e Paranaíba já é possível ver a área verde que surge na paisagem e forma o Parque Botafogo.
Criado no plano original de Goiânia, na década de 1930, pelo arquiteto urbanista Attilio Corrêa Lima, o parque possui área de 172.033 m² e está localizado na região central de Goiânia, entre as Avenidas Araguaia, Contorno e Ruas CD-200-A, 200-B e 200-C do Setor Vila Nova.
Originalmente, o parque foi proposto como parte de um "cinturão verde" que envolveria Goiânia. A área original constituída era de 540 mil m², que foram desmembrados e dispersos entre o Parque Mutirama, Planetário, Marginal Botafogo, prolongamento da Avenida Araguaia, Estrada de Ferro, além de quadras dos setores Vila Nova, Nova Vila e Ferroviário.
Avenida Araguaia na década de 1970, margeada pelo então Bosque Botafogo (Foto: Reprodução/Goiânia Antiga)
O então Bosque Botafogo tornou-se Parque Municipal por meio de Lei Orgânica de abril de 1989. Localizado a nordeste do plano original de Goiânia, o parque hoje divide o Bairro Central e o Setor Vila Nova. É cortado pela Marginal Botafogo e Avenida Araguaia e delimitado, ao norte, pela Avenida Independência.
“Quando se olha para o mapa da história, nota-se que a Avenida Araguaia terminaria na Avenida Paranaíba e que, logo em seguida, estaria o Parque Botafogo. A divisão do parque em duas partes pela Araguaia não estava prevista no projeto original”, explica a arquiteta e urbanista Maria Ester de Souza, que é assessora de Relações Institucionais do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Goiás (CAU-GO).
Em 1993, o local passou por nova urbanização e arquitetura com objetivo de recuperar as matas remanescentes e proporcionar à população um espaço de lazer. Assim, o parque ficou dividido em duas partes, sendo uma voltada para o Centro, no sentido da Avenida Araguaia, e a outra para a Vila Nova.
O espaço mais voltado à região central, que possuía mata com espécies nativas e várias nascentes, foi contemplado com caminhos, uma área de convivência com mesas e bancos, e lago. Já a área do Setor Vila Nova, que estava mais degradada, ganhou equipamentos como pista de cooper e de bicicross, boxes, lanchonete, sanitários, campo de futebol, arquibancada, quadrada polivalente e de peteca.
Em 2013, como parte das comemorações do aniversário de 80 anos de Goiânia, foi entregue o túnel da Avenida Araguaia. Com 296 metros de extensão por 18 metros de largura, sobre o túnel há uma passarela para pedestres com 36 metros, ligando o Parque Mutirama ao Parque Botafogo.
Vista aérea do Parque, dividido pela Marginal Botafogo (Foto: Adalberto Ruchelle)
Já em 2015 foi inaugurado o teleférico que interliga o Parque Botafogo ao Parque Mutirama por cima da Marginal Botafogo. O equipamento passou a funcionar em 2016, com uma viagem de cerca de 1 km de distância e duração de 12 minutos. Atualmente, o teleférico está inativo.
Para Maria Ester, o parque hoje é subutilizado pela população por diversos fatores. “A porção da Vila Nova, por exemplo, não é frequentada até mesmo porque muita gente não sabe que esse parque existe. Mesmo com todos os equipamentos de uso, há pouca divulgação pelo poder público nesse espaço. É preciso mais investimento, melhoria no acesso, segurança e iluminação, por exemplo.”
A arquiteta destaca ainda a importância da área verde na região central da cidade, como um espaço de contenção das chuvas. “Poderia haver um lago, por exemplo, para fazer o escoamento do grande volume de água que vem dos setores Marista, Sul e Universitário, efeito da canalização de córregos, desmatamento e impermeabilização excessiva do solo. Isso é nítido quando percebemos que os maiores alagamentos acontecem naquela região”, alerta.
Além dos fatores ambientais, Maria Ester ressalta a relevância do Parque Botafogo para a história de Goiânia. “É um espaço público de excelência que tem seu valor histórico, isso sem falar no valor do espaço público verde, que gera menos poluição, menos aquecimento e ar mais puro para se respirar”, encerra.