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HGG é parte da história da medicina e da capital de Goiás

Hospital tem atendimento 100% público | 05.05.23 - 19:18
HGG é parte da história da medicina e da capital de Goiás Foto: Letícia Coqueiro/A Redação
Carolina Pessoni
 
Goiânia - No Setor Oeste, região central de Goiânia, está localizada uma das mais importantes unidades de saúde do Estado, o Hospital Estadual Geral de Goiânia Dr. Alberto Rassi, mais conhecido como HGG. Com 63 anos de história, o HGG faz parte da trajetória da capital, de centenas de profissionais de saúde e milhares de pacientes, que circulam pelos seus corredores desde sua inauguração.
 
A história do hospital, entretanto, começa antes de sua construção, próximo ao Lago das Rosas. O médico Alberto Rassi comprou o Instituto Médico Cirúrgico de Campinas e, após a aquisição, o renomeou de Casa de Saúde Dr. Rassi.
 
Em 29 de dezembro de 1959, abriu as portas da nova unidade construída no Setor Oeste, com o nome de Hospital Rassi. Em 1963, foi vendido para o Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps) e funcionou por 20 anos como um hospital federal para tratamento eletivo, de urgência e emergência, em várias especialidades.
 

(Foto: Reprodução/Instagram - Goiânia do Passado)
 
A transferência para a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) ocorreu em dezembro de 1990. Em 1991, o Hospital foi fechado para reforma geral e suas atividades foram absorvidas pelo Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), Hospital de Doenças Tropicais (HDT) e outras três maternidades.
 
A reabertura ocorreu somente em maio de 1998, com proposta de atendimento parcial em nível terciário para prestação de serviços de média e alta complexidade, realizando atendimento especializado, cirurgias eletivas de alto custo e procedimentos diagnósticos. Em 2001, o Hospital Geral de Goiânia abriu suas portas a distintas unidades de ensino e estabeleceu Residência Médica em oito especialidades, inicialmente.
 
O Hospital passou a ser gerenciado por uma organização social em março de 2012. O Instituto de Desenvolvimento Tecnológico e Humano (Idtech) venceu o chamamento público da Secretaria de Estado da Saúde e, desde então, faz a gestão com foco na prestação assistencial ao usuário do SUS.
 
O coordenador em Saúde do Idtech, o médico Marcelo Rabahi, afirma que a ideia da família Rassi era construir um hospital que pudesse acompanhar o desenvolvimento de Goiânia. "Foi, e ainda é, um local de formação de vários médicos porque, junto com o Hospital das Clínicas, era a unidade que oferecia os programas de residência. Atualmente, se mantém como um hospital de ensino com o papel de formar, além de médicos, profissionais diversos da área da saúde", diz.
 
Recepção do Ambulatório de Medicina Avançada (Foto: Letícia Coqueiro/A Redação)
 
Rabahi destaca que na última década, a unidade vem implantando ações de excelência no atendimento, buscando o que há de mais moderno e seguro para os pacientes. "O hospital tem hoje a certificação da Organização Nacional de Acreditação (ONA) nível 3, que é o mais alto, e foi pioneiro nisso, pois não havia essa cultura na saúde do Estado."
 
O médico ressalta ainda que, por ser um hospital de atendimento terciário, recebe pacientes de alta complexidade e que isso é muito necessário dentro da política de saúde. "Entretanto, também tem papel fundamental na formação de pessoas. O hospital oferece oportunidades para que médicos e multiprofissionais se qualifiquem cada vez mais", reforça.
 
Apesar de ser gerido por uma organização social de direito privado, o HGG é uma unidade de saúde 100% pública, com acesso aos tratamentos via SUS. Em sua estrutura possui 62 leitos de Clínica Médica, 113 leitos de Clínica Cirúrgica, 14 leitos de diálise, além de 30 leitos no Centro de Terapia Intensiva (CTI) e 10 de Cuidados Paliativos. O ambulatório possui 33 consultórios, sendo um deles odontológico, três salas de pequenos procedimentos e duas multiuso.
 
São 34 especialidades médicas e multiprofissionais, que vão desde cardiologia a psiquiatria e geriatria. Entre os programas especiais, destacam-se o Serviço Especializado do Processo Transexualizador – Ambulatório TX, o Programa de Combate e Controle da Obesidade (PCCO) - com cirurgias bariátricas e metabólicas, além dos transplantes (rím, fígado e recente habilitação para medula óssea), sendo um dos maiores transplantadores renais do Centro-Oeste.
 

Unidade de Transplantes (Foto: Letícia Coqueiro/A Redação)
 
Outro destaque do hospital são os projetos de humanização, implantados para dar maior conforto aos pacientes, acompanhantes e colaboradores. Entre eles estão o Arte no HGG, com exposições constantes pelos corredores do hospital e oficinas de pintura quinzenais; Sarau do HGG, com apresentações de músicos nas tardes de quinta-feira; Comunicadores da Alegria, em que profissionais da imprensa se vestem de palhaços e visitam os pacientes internados no mês de dezembro.
 
Para Marcelo Rabahi, o HGG se integra na história de Goiânia na formação dos profissionais. "É uma unidade de qualificação, promovendo a autossuficiência da cidade na formação desses profissionais. Já na assistência, por realizar atendimentos de alta complexidade, traz desenvolvimento para a própria cidade, agregando valor para a região", diz.
 
O coordenador de Saúde diz ainda que, pessoalmente, ter a oportunidade de trabalhar no HGG é a realização de um sonho. "É muito importante ver a medicina de excelência sendo oferecida em um hospital público, o que só foi possível graças aos colaboradores e à gestão, com todas as condições oferecidas pela Secretaria de Estado da Saúde", encerra.
 

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