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Leticia Borges
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Leticia Borges é especialista em Língua Portuguesa, jornalista, professora e palestrante. / leticia.textos@gmail.com

Língua e letra

O tema da redação do Enem

Todos tentam adivinhar o que vem por aí | 03.11.14 - 16:29
Goiânia - Quem tem adolescente na família sabe que tudo que muita gente gostaria nesta semana era de ter uma bola de cristal para adivinhar o tema da redação do Enem. Não é para menos: o texto vale mil pontos e o desempenho do estudante na hora de escrever pode selar seu destino para o próximo ano. 

Não adianta querer aprender tudo na última hora, mas uma dica a mais sempre vale a pena. Preparar-se para uma redação de um processo desses demanda tempo, dedicação e exige um certo nível de maturidade. O Enem apresenta uma situação-problema e o que se espera do candidato é que ele tenha conhecimento dos fatos, opinião formada e capacidade argumentativa para expor seus pontos de vista e propor uma solução. Mas nada de radicalismo, preconceito ou discriminação. O desrespeito aos direitos humanos é um dos motivos para zerar a prova. Além disso, não se pode copiar trechos dos textos motivadores, fazer desenhos, fugir do tema e desobedecer a estrutura do gênero textual proposto.

Então, depois de ter passado o ano todo lendo informações construtivas, escrevendo bastante e exercitando a liberdade de pensamento e a autonomia intelectual, o aluno já tem aptidão suficiente para desenvolver uma boa argumentação, que será melhor se a letra for bem legível e a língua portuguesa usada de forma impecável. Imprescindível: Esquecer o internetês, fazer as concordâncias e colocar as vírgulas no lugar certo. E além disso, manter a coerência e a coesão do texto usando de forma correta os elementos conectores (conjunções, pronomes e advérbios, principalmente).

Com tudo isso pronto, resta agora manter a calma e brincar de adivinhar o tema, que vai ser sempre algo abrangente e que, de alguma forma, influencie no cotidiano do candidato. Para se ter uma noção, vamos ver quais foram os temas desde a primeira edição do Enem:

1998 – Viver e aprender. O texto motivador foi a música “O que é, o que é”, do Gonzaguinha. Na minha opinião, o melhor tema de todos os tempos.
1999 – Cidadania e ação social. Era preciso redigir uma proposta nesse sentido.
2000 – Direitos da criança e do adolescente.
2001 – Desenvolvimento e preservação ambiental.
2002 – O direito de votar: como fazer dessa conquista um meio para promover as transformações sociais de que o Brasil necessita?
2003 – A violência na sociedade brasileira. Como mudar as regras desse jogo?
2004 – Como garantir a liberdade de informação e evitar abusos dos meios de comunicação.
2005 – Trabalho infantil.
2006 – O poder de transformação da leitura.
2007 – O respeito à diversidade cultural.
2008 – Preservação da floresta amazônica.
2009 – O indivíduo frente à ética nacional.
2010 – O trabalho na construção da dignidade humana.
2011 – Viver em rede no século XXI: o limite entre o público e o privado.
2012 – O movimento imigratório para o Brasil no século XXI.
2013 – Leia seca.

Agora resta aos candidatos (e pais dos candidatos, grupo no qual me incluo) quebrar a cabeça e brincar de profetizar. Segundo alguns famosos professores de cursinho do Brasil todo, eis alguns dos temas que têm probabilidade de aparecer na prova deste ano:

1)      Fatos muito lembrados este ano: Ditadura Militar e Plano Real. (Eu não aposto nesses, pois para a maioria dos candidatos são mais fatos históricos que cotidianos, e não permitiriam a apresentação de solução).
2)      Temas relacionados à Copa do Mundo (obras, resultados, manifestações).
3)      Escassez de água. Tema forte.
4)      Racismo e cotas.
5)      Vacinação contra o HPV. (Acho pouco provável devido ao viés religioso que pode embasar as argumentações).
6)      Ebola, crise na Ucrânia, conflitos em Gaza e Estado Islâmico.
7)      Intolerância virtual (manifestações agressivas e sem limites nas redes sociais). Essa é a minha aposta!
Boa prova a todos.
 

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