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Pablo Kossa
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Jornalista, produtor cultural e mestre em Comunicação pela UFG / pablokossa@bol.com.br

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Minha experiência no Lollapalooza

Festival in loco foi divertido | 02.04.15 - 09:08

Goiânia - Como eu disse anteriormente aqui no A Redação, fui para São Paulo assistir pela primeira vez o festival criado por Perry Farrell em 1991 e que acontece em terras brasileiras há quatro edições. Desses eventos gigantes que já tive oportunidade de presenciar, foi inegavelmente o melhor em organização. Já estive no Rock in Rio, Claro que é Rock e SWU que têm as mesmas características. O Lolla ofereceu uma experiência mais agradável que todos eles. 

O ponto fraco do festival foi o preço alto preço de tudo lá dentro. E a criação da moeda própria, o tal do Mangos, nada mais foi do que uma tentativa ardil de confundir o público nessa conta. Isso merece ser negativado. No mais, não há muito do que reclamar.

Quem opta por ir em um festival tem que ter consciência de algumas coisas. As caminhadas são longas, os banheiros nojentos, shows que você quer assistir vão acontecer em horários coincidentes, você não vai ver seus artistas favoritos de perto ou em condições confortáveis. É a regra do jogo. Se você não está de coração aberto para isso, é melhor nem ir. Eu estava de coração aberto, pronto para a roubada. Isso me facilitou as coisas.

Estávamos hospedados em um hotel perto do Ibirapuera e optamos por ir de ônibus. Fomos ainda pela manhã nos dois dias, pois queríamos ver os primeiros shows. Não tivemos dificuldade alguma de locomoção. Um ônibus vazio até o terminal Santo Amaro, outro também com pouca gente até a porta de Interlagos. Na volta, a mesma coisa, embora o retorno no segundo dia tenha sido mais complicado: pegamos um ônibus bem lotado até o terminal. Mas nada que eu já tivesse enfrentado nos anos de Campus-Centro.

Chegamos antes do início do Boogarins (que atrasou um bom bocado) e assistimos ao show dos conterrâneos completo. Cada vez mais redondo, cada vez mais sonzeira, cada vez mais orgulho de Goiás. Perfeitos. Com o avançar do horário, não foi possível ver a Banda do Mar. Demos uma roletada e fomos para a praça de alimentação. Quanta fartura! Desde os tradicionais sanduíches até pratos super requintados - todos custando os olhos da cara. 

Almoçamos e fomos sentar um pouco, pois a noite demandaria muito de nossas panturrilhas. Ficamos em um barranco que dava ampla visão para o palco principal. Naquele horário tocava o Alt-J, banda que eu nunca havia ouvido falar. Assistindo ao show, entendi perfeitamente o porquê de eu não ter referência alguma acerca dos caras: é ruim de doer. Parece ser a trilha sonora perfeita para o dia da morte de sua mãe. Foram longos minutos.

Ao fim da sessão de pau de arara, descemos para pista pois o motivo de ali estarmos era o próximo a se apresentar, Robert Plant. E valeu cada centavo investido na viagem. Corpo arrepiado desde o início com Babe, I'm gonna leave you até o último aplauso ao fim de Rock n' Roll. O ponto alto do show foi Whole lotta love, com o público cantando em uníssono. Muito obrigado, Plant!

Na sequência, ficamos por ali onde estávamos para esperar Jack White. E o cara entrou com pressão total. Um show preocupado em mostrar as razões dele ser o último nome da noite. Quase impecável. Se tivesse rolado a participação de Plant como aconteceu na Argentina, aí sim teria sido perfeito.

No domingo, chegamos também cedo para ver os mexicanos do Molotov. Porradaria sacana hermana, com a inusitada formação com dois baixistas praticamente o show inteiro. De lá, fomos ver O Terno. A boa impressão em disco se confirma no show. A criatividade e bom humor do trio é cativante.

Ao fim dos paulistanos, fomos almoçar e voltamos ao palco dois onde teria Pitty. A baiana mostra que melhora a cada disco e tem o público na mão. Que o próximo trabalho confirme essa curva ascendente de qualidade na sua carreira. Demos outra roletada de leve enquanto se apresentava e ouvíamos o Young The Giant. Também nunca tinha ouvido falar nos caras mas, justiça seja feita, comparado ao Alt-J, os caras pareciam os Beatles.

Por fim, Smashing Pumpkins no palco em um show emocionante. Billy Corgan mostrou garra e vontade de estar ali. Brindou os saudosistas noventistas, como eu, com uma sequência de hits que marcaram a adolescência de uma geração. Com ele ao violão tocando Today, deixamos o autódromo de São Paulo satisfeitos.

Se vamos voltar no ano que vem? Talvez sim, dependendo dos shows confirmados. Se alguém da envergadura de Robert Plant (Neil Young ou The Who, por favor!), o Lolla pode contar com nossa presença em 2016.


Comentários

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  • 07.04.2015 23:54 Haroldo Moreira

    Poh Kossa, deixou de ouvir Kasabian por Alt-J? Que mal negócio! Foi um showzaço. Depois não vem falar que não pode conhecer Kasabian. Abraço.

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