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Pablo Kossa
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Jornalista, produtor cultural e mestre em Comunicação pela UFG / pablokossa@bol.com.br

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A arte de viajar com um bebê

A estrutura para viajar muda consideravelmente | 03.01.12 - 09:06

Eu, esposa e minhas duas filhas começamos ontem nossa viagem de férias. Sempre escolhemos um estado brasileiro para dar um rolê geral, conhecer detalhes, nuances pouco observadas pelo olhar convencional e que não estão aprofundadas nos guias de turismo. A intenção é entender o que pensa e como vivem as pessoas de determinada região do País, saindo do roteiro maquiado para os turistas. Escolhemos dessa vez a Paraíba. Mas vou deixar para explicar os porquês de visitar o estado em um próximo texto. Hoje vou falar da experiência ultra particular de viajar com um bebê a tiracolo.

A Nara, minha caçula, tem oito meses de idade. E ela tem que entrar no ritmo familiar de todo janeiro: colocar a mochila nas costas e encarar a meta de ser um Kerouac mais playboy – afinal, depois dos 30, a lógica do “On the Road” tem que ser meio revista. Por isso, organizamos uma lógica de viagem um pouco diferente, mais recatada (mas não menos intensa), para nossa rota.

O primeiro ponto que muda quando viajamos com um bebê é o volume de malas carregadas. O número de bagagem triplica, sem exagero algum. Antes, era uma boa mala per capita. Agora, só a Nara já mobiliza um berço portátil, um carrinho para viagem e o bebê conforto. Belos trambolhos na hora de embarcar. Além desses itens estruturais, tem a banheira inflável que ocupa um volume considerável na mala e roupas que não acabam mais. Pois enquanto fazemos a conta de uma bermuda e uma camiseta por dia, um bebê não segue essa lógica cartesiana. São bodies, camisetinhas, vestidinhos, shortinhos que dariam para vestir todas as crianças chinesas. E o pior é que todo quanto nunca é suficiente. Por isso já estamos olhando uma lavanderia por perto para dar uma geral nas roupinhas dela...

Além disso, as tretas normais de uma viagem ganham proporções desesperadoras. Os atrasos dos voos quebram qualquer planejamento que a rotina de um bebê exige. Por exemplo, o almoço dela é às 11 horas da manhã. E não interessa se estamos no meio de uma turbulência, se estamos em pé na hora de fazer uma conexão ou se a chuva não deixa seu avião sair do lugar. Ela vai abrir o berreiro naquele horário e ponto final. E para os pais o choro de um filho dói mais no ouvido do que aquela pressão que sentimos quando o avião decola. Então, que se dane as recomendações de segurança. Lá vamos nós resolver a fome da menina. E vou poupar vocês do drama que é trocar a fralda dentro de um minúsculo banheiro de avião... Coisa que até Indiana Jones pensaria duas vezes antes de topar.

Apesar de todas as barcas, não dá para ignorar o prazer de ver as descobertas do bebê perante as novas experiências. Ou você acha que eu deixaria um sorriso como esse abaixo em casa por causa de um probleminha qualquer no trânsito aéreo ou um excesso de bagagem?
 

 


Comentários

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  • 03.01.2012 10:54 Waller

    Torreal fala assim porque não tem filhos... rsrs. Por mais foda que seja, tem hora que vc tem de por a criança na roda mesmo. Não dá pra segregar só porque é trampo ou porque vai pilhar os outros. Criança faz parte do mundo, tem de circular. Achei bacana o texto, Pablo. Bom ano aí pra vcs.

  • 03.01.2012 09:40 Torreal

    Pois e, caro Pablo... Eu acredito que os pais devam poupar seus pimpolhos de viagens como essa que voces fizeram ou fazem agora. Por N motivos, mas principalmente para poupar tambem os demais viajantes. Se e dificil para os pais, tambem e estressante para as criancas de colo. Portanto, meu conselho aos pais e que esperem um momento mais ideal, nao sujeitem seus filhotes menores aos riscos de uma viagem assim e nao encham o saco dos companheiros de bordo.

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