Mônica Parreira
Goiânia - Três obras do artista plástico goiano Siron Franco fizeram parte do Leilão Judicial da Massa Falida do Banco Santos, realizado na noite de segunda-feira (21/9) por James Lisboa. As telas, cujo lance inicial era R$ 8 mil cada, superaram a marca dos R$ 100 mil.
A obra Título Proibido nº 2 (1979) tem dimensão de 154 x 135cm e foi vendida a R$ 110 mil. Já a Brasil (1990) foi leiloada a R$ 100 mil. Trata-se de uma pintura óleo sobre tela, de 155 x 135cm. A outra tela assinada por Siron Franco e que participou do leilão virtual não tem título. É uma pintura óleo sobre tela, de 100 x 50cm, cujo valor foi R$ 105 mil.
Brasil, Sem Título e Título Proibido (Foto: divulgação)
Em entrevista ao jornal A Redação, Siron elogiou o acervo artístico que foi a leilão, comentando que ele reúne obras "magníficas" dos mais variados artistas. Sobre o valor dos quadros que assina, confessou: "fiquei surpreso, porque as telas são relativamente pequenas".
No entanto, ele afirmou que os valores monetários devem ser tratados em segundo plano por qualquer artista. "Aquele que se liga muito a preço e mercado tem a tendência de fazer um trabalho não muito bom", disse. "Toda minha carreira foi construída no corredor cultural, e não comercial."
Siron informou à reportagem que já há alguns anos não produz telas para o mercado. "Sou meu crítico mais ferrenho. Tem quadro que leva 15 anos para ficar pronto. Só concluo quando olho e tenho certeza de que não há mais nenhum retoque a ser feito", salientou.
Desde o início da pandemia, o artista plástico afirmou que está recolhido em seu ateliê, em Aparecida de Goiânia, onde guarda grande parte do seu acervo. "Sou colecionador da minha própria arte", revelou. É nesse espaço, em meio à natureza e aos animais, que ele tem encontrado inspiração para produzir novos projetos e aperfeiçoar os que já estão em andamento.