Jales Naves
Especial para o jornal A Redação
Goiânia - Será lançado nesta quarta-feira (30/6), às 19h, pelo YouTube, o livro “Uma viagem pelo sertão: 200 anos de Saint-Hilaire em Goiás”, organizado pela doutora Lenora Barbo, do Instituto Cultural e Educacional Bernardo Élis dos Povos do Cerrado (Icebe), e produzido pela Paco Editorial, de Jundiaí, SP. São 19 capítulos, escritos por 25 pesquisadores de várias partes do Brasil, dentre os quais os doutores Antônio César Caldas Pinheiro, Sandro Dutra e Silva, José Ângelo Rizzo (falecido) e Nilson Jaime, com apresentação de orelha do doutor Bento Fleury, sócios do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás e do Icebe.
O evento contará com a palestra do pesquisador e botânico francês Marc Pignal, do Muséum National d’Histoire Naturelle, de Paris, sobre “Uma evocação de Auguste de Saint-Hilaire e seu trabalho de botânica”, e a participação dos autores da obra. Será uma atividade com transmissão pelo canal do YouTube da UniEvangélica, numa parceria com as instituições parceiras, inclusive o Museu da França. Os alunos participantes receberão certificados de participação.
Ricamente ilustrado por Elder Rocha Lima, o livro possui apresentação do francês Marc Pignal, que em março de 2020 esteve na visita técnico-científica à Serra dos Pireneus e à Fazenda Babilônia, em Pirenópolis, organizada por Nilson Jaime. A obra é o coroamento das comemorações dos 200 anos de Saint-Hilaire em Goiás, ocorridas em 2019, projeto concebido e desenvolvido pela arquiteta Lenora Barbo. O lançamento virtual estará a cargo do professor Sandro Dutra e Silva e da Universidade Evangélica de Goiás.
A viagem
O naturalista Saint-Hilaire, em 1819, partiu do Rio de Janeiro rumo a Goiás. Adentrou a Capitania de Goyaz no dia 27 de maio, pelo Registro dos Arrependidos, na divisa com Minas Gerais, e seguiu pela Picada de Goyaz até Vila Boa, para estudar e registrar parte significativa do cerrado brasileiro. Em seu retorno a São Paulo, o botânico seguiu pelo Caminho dos Goiases, cruzando a divisa com Minas Gerais no dia 5 de setembro desse ano.
Nesses quase quatro meses percorreu cerca de 1.500 quilômetros através de Goiás, registrando os mais diversos aspectos da sociedade e do território, com informações relevantes nas áreas de botânica, história, arquitetura, geologia, geografia e antropologia, dentre outras ciências.