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31 de outubro - Dia do Saci Pererê

Conheça 8 criaturas do folclore goiano

Romãozinho é uma das figuras mais conhecidas | 31.10.21 - 10:00 Conheça 8 criaturas do folclore goiano (Foto: divulgação)

José Abrão
 
Goiânia - Mula sem cabeça, Cuca, Iara, Caipora... Os personagens e mitos narrados no folclore brasileiro são muitos. O que pouca gente sabe é que o folclore do Estado de Goiás nos oferece nossa própria porção de monstrengos. No dia 31 de outubro, na onda do Dia das Bruxas importado, foi criado o nacional Dia do Saci Pererê. E a data nos inspirou. Separamos aqui algumas lendas e figuras made in Goiás para você conhecer.
 
Romãozinho
Talvez a lenda mais popular do Estado, o Romãozinho é a nossa própria versão do Saci. Inclusive, diz-se que esse moleque traquina também viaja dentro de redemoinhos e também pode ser capturado e engarrafado pelos espertos. Conhecido por ser o espírito de uma criança de ruindade extrema, o personagem protagoniza várias histórias de malvadezas. Sua origem é de que teria sido incumbido de levar o almoço para o pai na roça e comido todo o frango no caminho. Entregou-lhe só os ossos e disse que a mãe mandou assim, causando-lhe uma surra. Ele acabou recebendo uma praga da mãe: pra sempre vagar pelo sertão, fazendo suas maldades.
 
A Serpente de Formosa
Uma versão local da conhecida lenda da cobra-de-igreja, acredita-se que uma cobra grande, de quase meia légua de comprimento, habita o subterrâneo onde existia a capela e posterior igrejinha de Santo Estêvão, em Formosa. Dizem que a cobra vive amarrada e que se alguém cortar o fio que a prende ela irá se erguer, levando a cidade junto.
 
O Cavaleiro de Jaraguá
A conversa é que a tal criatura vive assombrando a Rua das Flores. Dizem que pode-se ouvir o galope, os relinchos, e, talvez, até visualizar este espectro fantasmagórico que vaga pela via. Detalhes sobre a lenda variam: não há um consenso sobre a identidade do cavaleiro misterioso. A descrição da sua figura também varia. Às vezes, parece de carne e osso, mas deslocado no tempo; em outros relatos, é apenas um vulto, como um fantasma.
 
Rodeiro
Turistas e pescadores do Rio Araguaia devem ficar espertos: reza a lenda que o leito do rio é habitado por uma arraia enorme e arredondada que, se perturbada, tem o poder de arrastar linhas e redes, virar barcos e afogar banhistas. Esteja avisado.
 
Caboclo-d’água
Se você achou o rodeiro ruim, fique esperto com os caboclos-d’água. Trata-se basicamente da versão nacional do Monstro da Lagoa Negra. Lendas sobre esses seres meio-homem e meio-peixe circulam por todos os grandes cursos de água do Mato Grosso até a Bahia, passando, claro, por Goiás. O principal passatempo dessas criaturas é exatamente afogar pessoas que perturbam as águas.
 
Pé-de-garrafa
Esta criatura atrai caçadores para o meio da mata usando gritos por ajuda ou emulando o chamado de presas. Coberto de pelos escuros, ele só tem um olho, um chifre e uma perna que termina em formato de garrafa. Seu único ponto fraco é seu umbigo: branco e não coberto por pelos.
 
Mãe do Ouro
Mencionada até por Hugo de Carvalho Ramos, a versão goiana da mãe do ouro é um pouco diferente da nacional. Ao invés de uma linda mulher ou uma bola de fogo que aponta jazidas de ouro, a versão local fala de uma enorme rocha de ouro sólido que brilha pela noite, sendo irresistível para os gananciosos. Ao se aproximar, eles encontram a entrada da mina, ou uma gruta. Quando entram, ficam presos e morrem afogados quando a gruta se enche. Diz-se que essa nossa versão é inspirada no Poço da Roda, de Silvânia.
 
Casa das 365 janelas
Diz a história que o comendador Joaquim, de Pirenópolis, decidiu construir o maior e mais requintado palacete que já se viu, com uma janela para cada dia do ano. Após sua morte, a população, invejosa, teria demolido o casarão pedaço por pedaço, usando o material de primeira para embelezar suas próprias casas. Furioso, o fantasma do comendador vaga pelas ruas, cobrando a sua velha moradia. Essa é outra lenda que está presente em diversas cidades coloniais brasileiras: muda quem é o ricaço, assim como o número de janelas.
 


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