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Garimpo: o carvão e o ouro

Exposição de Siron Franco é destaque na imprensa internacional

“De cair o queixo”, publicou a Newcity Chicago | 27.09.23 - 23:16 Exposição de Siron Franco é destaque na imprensa internacional (Foto: Instalação “Carvão e Ouro” 2019-2023 / Siron Franco)

A Redação

Goiânia
- “De cair o queixo”, publicou a renomada revista norte americana Newcity Chicago sobre a exposição Garimpo: o carvão e o ouro, do artista goiano Siron Franco. A instalação está na Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin da Universidade de São Paulo (USP) e segue aberta à visitação até 3 de novembro. 

Abordando a questão da preservação do meio ambiente, a exposição traz uma instalação que dialoga diretamente com os eventos divulgados no início deste ano sobre a invasão ilegal da terra indígena Yanomani, em Roraima, e sobre a destruição dos recursos naturais e dos meios de sobrevivência do povo nativo, configurando uma série de crimes contra o grupo, incluindo o estupro e o assassínio.

Dentre as peças, a Newcity Chicago destaca a instalação Carvão e Ouro. "É um campo retangular de troncos de árvores negros como carvão, queimados até ficarem tão crocantes que eu poderia jurar que ainda sentia o cheiro da fumaça, com riachos de ouro acentuando o campo preto como joias finas em um exuberante vestido de noite de ébano. De perto, esses rios estão cheios do que parecem ser árvores caídas e transformadas em ouro. É uma daquelas obras que te deixa de queixo caído quando você passa pelas paredes externas da biblioteca e encontra essa beleza do desespero preenchendo um grande pátio", escreveu Brian Hieggelke, produtor cinematográfico e crítico que assina a matéria da revista. 

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Ele completa comentando que alguns espelhos inseridos na obra – cujo tema é a destruição da Amazônia e o capitalismo nu que se derrama em seus poros mortos – "não deixam dúvidas de quem é o culpado por tudo isso. Contrabalançando a impressionante arquitetura modernista de concreto, é uma vista de tirar o fôlego."
 
Ao longo do texto, o crítico ainda exalta a escultura Ponte Vertical: Braços e Mãos, na qual Siron sobe do nível inferior por alguns andares até o teto do prédio. Brian descreve que o movimento se assemelha ao de uma "árvore ainda vibrante". "Vibrante, isto é, até você notar sua qualidade esquelética, composta de membros humanos pretos e brancos – braços e mãos de manequim, na verdade – significando as tendências autodestrutivas de nossa espécie. Os braços “decepados”, normalmente invisíveis ao público quando um manequim é montado, têm acabamento em ouro", analisa Hieggelke.

A curadoria da exposição Garimpo, o carvão e o ouro é do professor do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) Luiz Armando Bagolin e do pesquisador Fabrício Reiner.

 
Serviço: Exposição Garimpo: o carvão e o ouro
Quando: até 3 de novembro, das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira
Onde: Sala BNDES, no subsolo da Livraria Edusp, e na Praça Central do Espaço Brasiliana / Rua da Biblioteca, 21– Cidade Universitária, São Paulo
 


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