Yuri Lopes
Goiânia - O juiz da 7ª Vara Criminal de Goiânia, José Carlos Duarte, rejeitou a denúncia feita pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) contra o então diretor cultural do Teatro Goiânia Ouro, Carlos Brandão, que hoje é diretor geral do Teatro Goiânia. A denúncia acusa Brandão e outras 11 pessoas ligadas à Secretaria Municipal de Cultura (Secult Goiânia) de dispensa ilegal de licitação e por formação de quadrilha.
A acusação contra Carlos Brandão foi retirada por "inexistência de descrição de conduta criminosa", segundo o parecer do juiz.
Segundo a denúncia, as ações fraudulentas teriam acontecido entre 2007 e maio de 2012, quando a acusação foi feita. O juiz determinou que o processo contra os demais réus continuasse em normalidade. Entre os acusados estão os ex-secretários de Cultura de Goiânia, Kleber Adorno e Doracino Naves.
"Há cerca de 7 meses, fui surpreendido com a notícia de que meu nome, minha história de luta pela cultura desse Estado, minha credibilidade, tudo isso, 45 anos de trabalho pela cultura e pelo jornalismo em Goiás, haviam sido jogados na lama por uma delegada.
Ela comandou um processo que se chamou de escândalo da Secult. Pois bem, essa servidora pública, sem sequer querer saber do meu passado, da minha história, dos meus bens, do meu saldo bancário, etc, etc, me colocou entre os indiciados do tal processo, como se eu fosse um bandido.
Sofri demais. Nem preciso falar. Chorei pra cara*** e me senti humilhado. Ainda me sinto humilhado. Ora, 45 anos de trabalho, foram pisados solenemente, por uma funcionária pública. Pois bem, logo após, a imprensa goiana, ávida por escândalos, achou por bem me incriminar, na boa, deselegantemente.
O Popular fez uma matéria que me condenou e jogou meu nome na mala. Publicaram uma foto minha, como se eu fosse um mala. A partir daí, vários bobos do meio artísticos se julgaram no direito de sair me xingando no facebook.
Ok. Ok! Tudo passou. Ontem (8/10) me chegou às mãos o parecer do juiz que cuidado caso. Veja:
"Diante do exposto, rejeito a denúncia em relação a Carlos Antonio Brandão, em face da inexistência de descrição de conduta criminosa por ele praticada e determino que, após o trânsito em julgado, procedam-se as baixas devidas".
Resumindo: a Justiça, sem sequer me ouvir, achou por bem aceitar a denúncia contra os outros 11 acusados, mas rejeitou a denúncia contra mim, por falta de provas. É isso. Como dizem por aí, tô limpo.. sempre estive limpo. Para os que me atiraram pedras, gente como o teatrólogo Marcos Fayad, e os atuais ocupantes do trono da Secretaria de Cultura de Goiânia, meus pêsames. Vocês perderam.
Chupem!"