A Redação
Goiânia – Em um cenário onde as vozes das mulheres negras no cinema brasileiro buscam maior representatividade, iniciativas que celebram e promovem essas narrativas tornam-se essenciais. É nesse contexto que surge o projeto “Cinemas Negros no Feminino: afeto e pertencimento além das telas”, que prepara a publicação de uma coletânea inédita organizada por Ceiça Ferreira e Edileuza Penha de Souza. A obra reúne mais de 20 textos, incluindo ensaios, entrevistas e artigos científicos, destacando a atuação de mulheres negras em diversas funções do cinema brasileiro, como direção, produção, roteiro, cenografia, som e fotografia.
Além disso, serão realizadas cinco sessões gratuitas de filmes dirigidos por cineastas negras no Cineclube Maria Grampinho, localizado no Sertão Negro Ateliê e Escola de Artes, em Goiânia. Cada exibição será seguida de debates e rodas de conversa com as realizadoras, promovendo a democratização da cultura e inspirando novas gerações de artistas negras.
“Almejamos destacar as poéticas, críticas e práticas cinematográficas desenvolvidas por mulheres negras. Ao criarem e transformarem histórias em filmes, elas trazem sonhos, afetos e memórias para as telas do cinema”, afirma Edileuza Penha de Souza.
A primeira sessão ocorrerá em 29 de março, às 17h, com a exibição do filme “Me farei ouvir” (2022), dirigido por Bianca Novais e Flora Egécia. O documentário aborda a sub-representação feminina na política brasileira, apresentando narrativas de mulheres que conquistaram espaços e ecoaram suas vozes. Após a exibição, haverá uma roda de conversa com a vereadora Eriene Kalunga, a secretária municipal Elenízia da Mata, a professora Janira Sodré Miranda e a líder quilombola Lucilene Kalunga.
Serviço
Sessão inaugural do projeto “Cinemas Negros no Feminino: afeto e pertencimento além das telas”
Data: 29 de março (sábado).
Horário: às 17h
Local: Sertão Negro Ateliê e Escola de Artes (Setor Shangri-la, Goiânia, GO).
Entrada gratuita
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