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Audiovisual

Filme sobre influencer da periferia é consagrado no Fica 2025

Longa Tijolo por Tijolo recebeu 4 premiações | 15.06.25 - 17:11 Filme sobre influencer da periferia é consagrado no Fica 2025 Filme sobre influencer da periferia é consagrado no Fica 2025. (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)
 
Cidade de GoiásNo Ibura, bairro da periferia do Recife, Cris Martins e o marido, Albert Ventura, desempregados e em meio a pandemia de covid-19, vivem uma jornada heroica para dar conta da criação de três filhos, da gravidez de mais uma criança, a busca por uma laqueadura no SUS e a luta pela reconstrução, tijolo a tijolo, da casa da família. 

Em sua luta para reconstruir a vida, garantir seus direitos reprodutivos e sustentar a família, Cris também se destaca atuando como micro-influenciadora digital.
 
Essa história real emocionante, que tem sensibilizado plateias por onde passa, está documentada em Tijolo por Tijolo, filme dirigido por Victoria Alvares e Quentin Delaroche, consagrado neste domingo (16/5) com as principais premiações do 26º Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica), na cidade de Goiás.
 
O documentário, que exibe grande qualidade cinematográfica ao mergulhar com profundidade na vida familiar de Cris, ao mesmo tempo arranca risadas e comove o público durante a sessão.
 
Essa potência levou Tijolo por Tijolo a vencer o grande troféu Cora Coralina de melhor filme do festival goiano, eleito pelo júri oficial, com prêmio de R$ 35 mil.
 
Melhor direção e troféu Imprens
A obra também faturou o prêmio de melhor direção e o troféu Imprensa, concedido por um júri de jornalistas especializados. O reconhecimento confirma o sucesso que o filme vem experimentando por onde tem circulado. Recentemente, foi destaque em premiações no festival curitibano Olhar de Cinema.
 
"Tijolo não é sobre um assunto só. A gente fala sobre justiça climática, sobre racismo ambiental, a gente fala sobre uma maternidade real, sobre direitos reprodutivos, a gente fala sobre afeto, sobre periferia, sobre paternidade preta, sobre redes sociais, sobre as big techs, essa pulverização dos trabalhos", afirmou Victoria Alvares à Agência Brasil, logo após a premiação no festival goiano.
 
"São temáticas muito globais, o que faz com que um público muito diverso consiga se sentir tocado pelo filme de formas distintas", destacou a diretora. "Então, é muito comum as pessoas saírem do filme dizendo assim: 'Meu Deus, eu estou me sentindo prima desse pessoal'", observou.
 
Nos cinemas
Victoria e Quentin assinam não apenas a direção, mas a fotografia, o som, a montagem e a produção do longa, uma equipe mínima. Eles passaram dois anos registrando a intimidade de Cris e de sua família, após construírem fortes relações com esses personagens reais. A expectativa, agora, está no lançamento do filme em salas comercias, viabilizada por meio de edital público. A data de estreia ainda não foi anunciada.
 
"Com a mudança de governo e o restabelecimento de políticas públicas de cultura, a gente conseguiu finalizar o filme e ganhamos também um edital para a distribuição do filme. Então, filme vai ser lançado em salas comerciais, o que é uma vitória muito grande, porque a gente sabe o quanto é difícil o cinema nacional ocupar esse espaço nas salas comerciais e ainda mais cinema documental", celebrou Victoria.
 
Mostras competitivas
Considerado o maior evento audiovisual com temática ambiental da América Latina, o Fica distribuiu, ao todo, cerca de R$ 220 mil em prêmios para quatro mostras competitivas.
 
Entre os filmes goianos, o documentário Entre as Cinzas, que mostra brigadistas atuando contra incêndios florestais criminosos, levou o prêmio de melhor filme goiano eleito pelo júri.
 
O prêmio de melhor filme de curta e média metragens ficou com a animação Marés da Noite.
 
O júri oficial ainda concedeu menções honrosas aos filmes Nós vivemos aqui e Mãos à terra.
 
Confira a seguir todos os premiados da 26ª edição do Fica:
 
Mostra Internacional Washington Novaes
Prêmio Cora Coralina – melhor longa-metragem: Tijolo por Tijolo
Prêmio Carmo Bernardes - melhor direção: Tijolo por Tijolo
Prêmio Acari Passos – melhor curta ou média-metragem: Marés da Noite
Prêmio João Bennio – melhor filme goiano: Entre as Cinzas
Menções Honrosas do Júri Oficial: Nós Vivemos Aqui e Mãos à Terra
Prêmio José Petrillo – Júri da Imprensa: Tijolo por Tijolo
Prêmio Jesco Von Puttkamer – Júri Jovem: Tijolo por Tijolo
Prêmio Luiz Gonzaga Soares – Júri Popular: Encontro das Águas
Prêmio Fiocruz: Mãos à Terra
 
Mostra do Cinema Goiano
Melhor filme de longa metragem: Mambembe 
Melhor filme de curta metragem: Entressonho
Melhor direção de longa metragem: Fabio Meira, por Mambembe 
Melhor direção de curta metragem: Yorrana Maia, por Fidèle 
Melhor direção de fotografia: Larry Machado, por A Mulher Esqueleto
Melhor roteiro: Yorrana Maia, por Fidèle 
Melhor montagem: Afonso Uchoa, Fabio Meira e Juliano Castro, por Mambembe 
Melhor personagem: Francisca Americo dos Reis, por Planta de Raiz Profunda 
Melhor som: Theo Farah e Bruno Fiorezi, por Goiânia Rock City
Melhor trilha musical: Goiânia Rock City
Melhor direção de arte: Paulo César Alves, por A Mulher Esqueleto
Menção Honrosa: Jamming - O ano em que Junior Marvin morou em Goiânia
 
Mostra do Cinema Indígena e Povos Tradicionais
Melhor filme de Longa-metragem: Originárias
Melhor filme de curta ou média-metragem: Sukande Kasáká / Terra Doente
Menção Honrosa: ADOBE: Habilidades tradicionais da construção Kalunga
Mostra Becos da Minha Terra (filmes produzidos na Cidade de Goiás)
Melhor filme: Atitudinal
Melhor direção: Carlos Cipriano, por Para Carlos
Melhor roteiro: Jadson Borges, por Lockdown
Melhor montagem: Helena Caetano, por Sol Noturno
Melhor som: Brisa Castro, por Tom de Ameaça

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