Jales Naves
Especial para A Redação
Goiânia - Em manhã memorável, com duas presenças marcantes da literatura nacional, cada um oferecendo sua contribuição, a partir de experiência num dos maiores centros culturais do país, que é o Rio de Janeiro, o Instituto Histórico e Geográfico de Goiás encantou os visitantes cariocas que ali compareceram na manhã desta sexta-feira, dia 8, e que não pouparam elogios a tudo que conheceram. Conversaram longamente com o presidente do IHGG, Jales Guedes Coelho Mendonça, absorvendo seus conhecimentos e sua moderna visão de cultura, seus projetos e sua eloquência ao falar da história de Goiás.
Ficaram surpresos com tudo que viram e fizeram observações que representam o novo momento vivido pelo Instituto, com repercussão nacional.
“É uma memória viva”, afirmou, entusiasmado, o presidente da Academia Carioca de Letras, Sérgio Fonta. “Estou emocionado. A cultura me emociona sempre e esse exemplo, o IHGG, é fantástico. Fiquei muito tocado com a recuperação dessa obra pelo dr. Jales”. “Espetacular”, completou.
“É uma casa modelar!”, exclamou o presidente do PEN Clube do Brasil, Ricardo Cravo Albin, ao falar da Casa Rosada e do que passa a significar para a cultura brasileira, defendendo essa iniciativa, de casa memorial com esse nível, com essa brasilidade e com esses cuidados. Fez rasgados elogios ao documentário sobre o Instituto, produzido pelo cineasta Antônio Eustáquio da Silva (Taquinho), que considerou excelente e quer mostrar, a partir de agora, nas reuniões de que participar.
A musicista Andréa Luísa Teixeira, presidente da Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás, abriu a sessão tocando ao piano os hinos Nacional e de Goiás e duas canções em homenagem a Ricardo Cravo Albin, um dos maiores pesquisadores da Música Popular Brasileira. O cerimonial ficou a cargo da vice-presidente Elizabeth Abreu Caldeira Brito.
Livro e palestra
O escritor Sérgio Fonta, que também integra o PEN Clube do Brasil, lançou seu livro “Ribalta carioca – Clássicos do teatro”, que resgata cinco peças: “O noviço” (1845), “O demônio familiar” (1857), “Caiu o Ministério” (1882), “A capital federal” (1897) e “A bela Madame Vargas” (1912), “escritas por nomes como Martins Pena, José de Alencar, França Júnior, Artur Azevedo e João do Rio, todos com biografia e bibliografia exemplares”.
Ricardo Cravo Albin, musicólogo e autor, fundou e dirigiu o Museu da Imagem e do Som (MIS). Historiador de MPB, produtor musical, produtor de rádio e televisão, crítico e comentarista, foi diretor geral da Embrafilme, presidente do Instituto Nacional de Cinema e é autor, desde 1973, de aproximadamente 2.500 programas para a Rádio MEC. Ele falou sobre “Vinicius de Moraes, sentimento e êxtase”, enaltecendo um dos maiores poetas em língua portuguesa, diplomata de carreira e um dos mais importantes compositores brasileiros. O historiador Nilson Jaime, presidente do Instituto Cultural e Educacional Bernardo Élis para os Povos do Cerrado, afirmou que foi uma das melhores palestras já proferidas no IHGG”.
Sensibilizado com o entusiasmo dos visitantes, Jales Mendonça, que presidiu a sessão matinal, convidou-os a representar Goiás e que vai propor, na próxima Assembleia Geral do Instituto, que os acolha como sócios correspondentes, pois residem no Rio de Janeiro.
No encerramento, os dois ganharam do IHGG três livros da coleção “Goiás +300 – Reflexão e Ressignificação”, editada pelo Instituto, Icebe e Sociedade Goiana de História da Agricultura.
Dirigentes e membros do IHGG com os convidados (Foto de Nelson Santos)
