Centenário do Art Déco: Jacira Pires analisa estilo arquitetônico em Goiânia

Jales Naves
Especial para AR
 

Promovido pelo Instituto Federal de Goiás, o Goiânia Art Déco Festival 2025 terá nesta quarta-feira (20/8), às 13h, na Cinemateca IFG, a palestra da arquiteta Jacira Rosa Pires, que falará sobre “Art Déco em Goiânia no contexto das comemorações dos 100 anos”. A iniciativa conta com o apoio do Ibis Styles Goiânia Shopping Estação, Shopping Estação Goiânia, Câmara Municipal, Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Goiás e Clube do Automóvel Antigo de Goiás.

O festival foi incluído no Calendário Cívico, Cultural e Turístico do Estado de Goiás pela Lei Estadual nº 23.218, de autoria do deputado Dr. George Morais (PDT). 

 

Celebrando os 100 anos do estilo art déco e lembrando como a cidade busca preservar e valorizar o patrimônio arquitetônico goianiense, a programação inclui palestras, exposições, atividades culturais e roteiros turísticos pela cidade. O evento principal ocorre até o dia 22 deste mês, no Câmpus Goiânia do IFG, que tem em sua identidade arquitetônica a marca desse estilo, sendo inclusive patrimônio art déco tombado pelo Iphan.

 

Quem é

A arquiteta Jacira Rosa Pires, que ocupa a Cadeira 19 da Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás, é doutora pelo Programa de Teoria e História da Arquitetura, da Universidade Politécnica da Catalunha (UPC), Barcelona, Espanha (2006); fez Estudos avançados em Composição Arquitetônica também pela UPC (2001); especialização em Planejamento Habitacional, pela Universidade de Brasília (UnB), em 1982; e é graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (1974).

Professora da Escola de Arquitetura Edgar Graeff, Departamento de Arquitetura e Urbanismo, 1979 a 2018, e professora do Mestrado em Serviço Social, ambos da PUC-Goiás; foi professora da Universidade Paulista (Unip), 2009 e 2010, e trabalhou no Instituto de Planejamento Municipal (Iplan) da Prefeitura de Goiânia, 1974 a 1979, a que retornou como Diretora de Planejamento Urbano em 1998.

 

Ela trabalhou na Companhia de Habitacional de Goiás (1982 a 1997); é filiada ao Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Goiás (2013); sócia titular do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, cadeira 26 (2011); sócia titular da Sociedade Goiana de História da Agricultura; e sócia emérita do Instituto Cultural Educacional Bernardo Èlis para os Povos do Cerrado. Recebeu a Comenda do Mérito Arquitetônico e Urbanístico Attilio Correia Lima, da Câmara de Goiânia (2020); e “Mulheres que Engrandecem o Estado de Goiás”, da AFLAG (2018).

Desenvolveu experiência na área de arquitetura e urbanismo, atuando em arquitetura, arte, cidade, paisagem, projetos urbanos, história, e planejamento das cidades. Como pesquisadora e escritora tem vários livros publicados sobre a história e o urbanismo de Goiânia, e trabalhos desenvolvidos sobre o uso do solo em Goiânia e cidades do entorno, como Trindade, Goianira, Aparecida de Goiânia e outras.

Desenvolveu um trabalho sobre a fazenda de Felipe Antônio Cardoso, no norte de Goiás, comprovando a visita do pesquisador e botânico Johann Emmanuel Pohl, que ali permaneceu alguns dias, no século XIX, ao tempo da Capitania de Goiás.