São Paulo - A atriz franco-italiana Claudia Cardinale, referência do cinema dos anos 1960, morreu nesta terça-feira, aos 87 anos, em Nemours, perto de Paris, onde morava, anunciou seu agente à AFP. Ela estava junto de seus filhos no momento.
Nascida em 1938 na Tunísia, filha de mãe francesa e pai italiano, Claudia Cardinale trabalhou com diretores como Luchino Visconti, Federico Fellini, Richard Brooks, Henri Verneuil e Sergio Leone. “Ela deixa o legado de uma mulher livre e cheia de inspiração, tanto em sua trajetória de mulher quanto de artista”, declarou seu agente, Laurent Savry, em mensagem enviada à AFP.
Considerada uma das musas do cinema italiano, Cardinale ascendeu à fama após ganhar um concurso de beleza em 1957, com 17 anos, cujo prêmio a levou para o Festival de Veneza e se desdobrou em contratos cinematográficos.
“Eu não queria me dedicar ao cinema. Era minha irmã que queria. Mas insistiram tanto (...) que meu pai cedeu”, confessou na France Inter.
A partir das décadas seguintes, tornou-se uma das estrelas italianas mais proeminentes do período, tendo atuado em obras clássicas como O Leopardo (1963), 8 1/2 (1963), Cartouche (1962), filmes seminais que rodaram no mesmo tempo e exigiam dela talentos diferentes.
Em entrevista concedida ao jornal Le Monde em 2017, Cardinale recordou a experiência de atuar em 8 1/2 e O Leopardo ao mesmo tempo. (Agência Estado)