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Música

Ximbinha embarca em nova fase assumindo os vocais e com canções inéditas

Músico planeja gravação ainda em 2025 | 06.11.25 - 09:41 Ximbinha embarca em nova fase assumindo os vocais e com canções inéditas Ximbinha (foto: Anna Stella/A Redação)José Abrão
 
Goiânia – Dez anos depois do fim da Banda Calypso, o produtor, guitarrista, compositor e cantor Ximbinha está de volta em uma nova fase da carreira. Do alto dos seus 51 anos de idade e cerca de 40 de música, o músico faz planos e, agora, assume também os vocais, ficando à frente do novo projeto. Desde o início dessa retomada, ele regravou dois grandes sucessos do passado: “Loirinha” e “Senhorita”, ambos rearranjados e com sua voz.
 
Ximbinha está em Goiânia nesta quinta (6/11), data em que participa da gravação do show de Kamilla Maria, cantora goiana natural de Pires do Rio. Ele aproveitou a passagem para divulgar o seu trabalho e falar dessa nova fase.
 
“Nós vamos gravar um audiovisual esse ano ainda. Já tava planejado, já era pra gente ter gravado, só que eu não tive o tempo... sabe como é produtor, a gente nunca termina. Eu sou demais perfeccionista e sempre estou querendo ajeitar alguma coisa”, relata. A dúvida no momento é o cenário e o tema para celebrar todos esses anos de carreira e o local do show, que está entre São Paulo e Manaus. Nesse plano já vão entrar as novidades: “já gravei várias músicas inéditas”, garante.
 
O desafio de voltar a cantar tem sido, para ele, algo que o tirou da sua zona de conforto. Ximbinha afirma que sempre se sentiu mais à vontade tocando ou nos bastidores: “Eu sempre quis trabalhar por trás. Eu gosto de ficar produzindo. Hoje eu senti a necessidade de voltar a cantar. Faziam mais de 30 anos que eu não cantava e quando a gente volta a gente sente muita dificuldade”, conta. Para se reaclimatar, ele tem feito exercícios, treinamentos e condicionamentos para a voz: “se você para de malhar, os músculos atrofiam. E se você para de cantar, as cordas vocais vão atrofiando. O timbre mudou um pouco, mas todo mundo conhece quando eu falo”.

Ximbinha (Foto: Anna Stella/A Redação)
 
Recomeço
Não foi só sua voz que mudou nesses 10 anos. “Mudou a maneira de pensar, mudou tudo. Há 10 anos eu queria estar entre os artistas mais tocados do Brasil, trabalhava pra isso todo dia. Acordava pensando em trabalho. Hoje eu acordo pensando em viver”, afirma. “Depois que tudo passou, eu vi que não valia a pena. Hoje eu acordo de madrugada e agradeço a Deus por estar vivo, por estar curtindo meus pais, que estão vivos, do lado dos meus filhos, vendo meus netos nascerem. Sou muito feliz”, completa.
 
Essa mudança de foco do trabalho para a vida pessoal foi o grande pivô, um lado da vida que ele diz ter negligenciado durante todo o tempo de Calypso: “eu tô dormindo na minha cama, coisa que passei 16 anos [sem fazer], trabalhando todos os dias. Vivia dentro de avião, atrás de uma coisa que parecia que eu nunca conquistava sendo que eu já tinha conquistado tudo e não aproveitava”.
 
“Claro que eu sofri muito, mas depois veio a alegria. Passei aquele luto da perda de tudo e até do trabalho que eu colocava em primeiro lugar e esquecia da minha vida”, diz ele, afirmando que “se tivesse continuado naquele ritmo, talvez eu já tivesse partido”. Agora, Ximbinha resume que está “recomeçando. Não sei tudo, mas sei como conduzir o meu trabalho”.
 


Outros públicos
Para fora do forró, a habilidade musical de Ximbinha chamou a atenção de um público improvável: os metaleiros. Na semana passada, ele participou do podcast Amplifica, conduzido por Rafa Bittencourt, guitarrista que encabeça a banda Angra. Não apenas isso, como quem fez a ponte entre os dois foi Kiko Loureiro, outro grande guitarrista da cena pesada e com passagem pela Megadeth, uma das maiores bandas de rock do mundo.
 
“O Rafa era meu fã e eu não sabia! Um dia o Kiko me ligou e disse para fazermos algo juntos. O Kiko é muito querido, um guitarrista super conceituado, que eu conheço desde a década de 1990 e eu não conhecia o Rafa”, conta. Depois do podcast, viraram grandes amigos: “trocamos mensagens quase todo dia. Acho que foi o podcast que eu mais gostei de fazer”.
 
Ele conta que aprendeu a tocar de tudo, inclusive rock, muito jovem, por ter se criado na música tocando em bailes e festas. “Eu tocava Beatles, Rolling Stones, Genesis, Rod Stewart,... tocava todos os estilos, era muito bacana”, enumera. Com base nessa experiência, ele não descarta a possibilidade de colaborações musicais que explorem outros estilos.
 
“Naquela época, a maneira de a gente ouvir e tocar música era muito diferente. A gente tocava por vontade de tocar, a gente nem tinha vontade de ganhar dinheiro. Quase não tinha casa de show, a gente tocava em circo, cinema e em bares”, relata. “Quando o artista estava muito estourado, ele tocava numa casa pequena, pra duas mil pessoas”.

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