Jales Naves
Especial para o jornal A Redação
Goiânia - Orador oficial da Associação Goiana de Imprensa, o professor Vilmar da Silva Rocha, que foi deputado federal por cinco mandatos por Goiás, foi objetivo e direto ao falar na posse da nova diretoria da Associação Goiana de Imprensa (AGI), para o triênio 2005/2028, em solenidade na sexta-feira, dia 7, no Instituto Histórico e Geográfico de Goiás. Como as atividades naquela manhã tinham se estendido muito e os presentes já não podiam ficar mais, decidiu apressar seu discurso e focar no presidente reeleito, Valterli Leite Guedes, que estava assumindo o seu sexto mandato à frente da entidade.
“Vou falar de uma pessoa que conheço há mais de 50 anos, foi meu colega no Curso de Direito da Universidade Federal de Goiás e meu padrinho de casamento, que admiro e respeito”, disse. Citou a observação feita por um professor da conceituada Universidade Harvard, dos Estados Unidos, na formatura de um curso da instituição, com a participação de representantes de diversos países, e que foi muito aplaudido.
Disse que a Universidade Harvard, mais antiga e com longa história nos EUA, se destaca pela excelência acadêmica, professores renomados e pesquisas de ponta, qualidade e talento dos seus alunos, rede de ex-alunos influentes, incluindo presidentes e bilionários, e seus recursos e prestígio incomparáveis, com um dos maiores fundos patrimoniais e uma das maiores bibliotecas do mundo. “Nada disso é suficiente para se alcançar o sucesso, e sim que a pessoa atinja três “G”: gratidão, generosidade e graça”, afirmou.
“Valterli, com quem convivo esse tempo todo, é uma pessoa grata, generosa e iluminada, sempre presente, ativo, ajudando, colaborando. Todos nós devemos muito a ele, em especial a AGI, que ele manteve, nesses 15 anos, colocando a entidade acima de suas dificuldades pessoais, sua saúde, e à qual se dedica integralmente. A ele a nossa homenagem”.
Vilmar destaca as qualidades de Valterli (Foto: Divulgação)
História
Ao abrir a solenidade, o jornalista Valterli Guedes lembrou, em seu discurso, os reflexos da Revolução de 1930, movimento político que marcou o rompimento institucional que acabou com a República Velha e deu início à Era Vargas, e seus desdobramentos, como a intervenção nos Estados. Em Goiás, com a ascensão de Pedro Ludovico, foi criada a nova capital e, como consequência, ocorreu o esvaziamento de Vila Boa, que deixava de ser capital e perdia importantes instituições públicas, como hospital e escolas, e surgiram as principais entidades culturais.
Dentre essas entidades, a Associação Goiana de Imprensa, fundada em 1934, formada por profissionais, intelectuais e políticos, que deu voz àqueles que ousavam expor suas ideias, defender seus ideais e lutavam por democracia e liberdades. Goiás já tinha dado um passo de grande significado, com o surgimento de um dos primeiros jornais brasileiros, a “Matutina Meiapontense”, editada pela primeira vez no dia 5 de março de 1830, no julgado de Meia Ponte. Sua história reflete a luta da imprensa brasileira contra a dominação portuguesa, uma vez que o jornalismo nacional nasceu no ardor e clima dos movimentos políticos.
“Tudo isso devemos a dom João VI que, fugindo de Portugal em função da ameaça de invasão pelo general francês Napoleão Bonaparte, em 1808, trouxe as impressoras para publicação dos atos oficiais. Com isso, possibilitou que um dos homens mais ricos do seu tempo, que chegou a financiar dívidas do governo da Província de Goiás, o comendador Joaquim Alves de Oliveira, comandante-geral do julgado de Meia Ponte, adquirisse esse maquinário e editasse o primeiro jornal goiano. Com a produção do Engenho São Joaquim (atual Fazenda Babilônia), ele mantinha atividades agrícolas e comerciais, vendendo alimentos em diversas cidades brasileiras, como Cuiabá, Rio de Janeiro e São Paulo. “Uma de nossas propostas para a AGI é, aproveitando o legado, criar em Pirenópolis um memorial da imprensa, em área da Fazenda Babilônia”, afirmou.
Diretoria
A Diretoria da AGI para o triênio 2025/2028 está assim constituída: presidente, Valterli Leite Guedes; vice-presidente, Nilson Jaime; 1º secretário, Jales Rodrigues Naves; 2º secretário, Weliton Carlos da Silva; 1ª tesoureira, Carla Jorge Monteiro; e, 2ª tesoureira, Rejaine Pessoa.
Conselho Deliberativo: Abílio Wolney Aires Neto, Alexandre Ramos Caiado, Elizabeth Caldeira Brito, Euclides Alves de Oliveira Souza, Giovani Ribeiro Alves, Iracema Dantas de Araújo, Jales Guedes Coelho Mendonça, João Guilherme Curado, Júlio Nasser Custódio dos Santos, Luiz Carlos Bordoni, Marcus Vinicius de Faria Felipe, Orimar de Bastos, Sinésio de Oliveira, Tarzan de Castro, Ulisses Aesse e Vilmar da Silva Rocha.
Comissão Fiscal: Adão Salvador Alves, Sebastião de Oliveira Castro Filho e Valdemir Rodrigues, titulares; e Jane Gabriela Sebba, Matheus de Souza Brito e Teresa Emília Cavalcanti Martins Arantes, suplentes.