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Fresno+Beeshop+Visconde+SIRsir

Lucas Silveira apresenta salada de personas musicais no Teatro Goiânia

Show começa às 20 horas | 11.04.13 - 09:27 Lucas Silveira apresenta salada de personas musicais no Teatro Goiânia Lucas Silveira exibe várias facetas musicais em show nesta quinta no Teatro Goiânia (Foto: Gustavo Vara/divulgação)
Yuri Lopes

Goiânia
- Mais conhecido por ocupar o cargo de vocalista da Fresno, Lucas Silveira não é apenas um  vocalista de banda de rock. Além de cantar as músicas do grupo, o gaúcho de 29 anos desenvolve outros três projetos paralelos: Beeshop, Visconde e SIRsir. Pois é o resultado desta mistureba musical que o também compositor e guitarrista vai apresentar nesta quinta-feira, no Teatro Goiânia, a partir das 20 horas. 
 
Para abrir o show, que é promovido pelo projeto Vacas Magras (que trouxe Thiago Pethit a Goiânia no dia 30 de março), foram escalados Fernando Manso, Diego Falk, Little John e Quarta Idade. Os shows de abertura começam às 19 horas. 
 
Em entrevista concedida ao jornal A Redação, Lucas contou sobre relação com os fãs, a vonotade de escrever um livro, a atuação nas redes sociais e sobre o lançamento do DVD do Beeshop. Ter tantos alter-egos demonstra a inquietação constante de Lucas, que também comentou sobre as ambições musicais. "Jamais me considerarei alguém plenamente realizado, e essa inquietação pode ter seu lado ruim, mas é o motor que me faz trabalhar cada vez mais duro, para que minha obra seja cada vez mais poderosa e relevante", considerou ele. 
 
Confira abaixo a entrevista completa com Lucas Silveira.
 
A Redação: Como vai ser o show no Teatro Goiânia? Qual será o repertório?
 
Lucas Silveira - Nesses quase 15 anos de carreira, eu criei tantos projetos paralelos que ficou uma confusão. Basicamente, são diferentes facetas do meu trabalho, que eu batizava e agrupava sob alcunhas diferentes para poder organizar as coisas. No entanto, as pessoas que curtem meu trabalho meio que gostam de tudo ao mesmo tempo. Daí veio a ideia de fazer um show completamente despido de planejamento, roteiro, repertório. Eu apenas permaneço ali, no palco, por umas duas horas, e toco o que me vem à cabeça, converso com o público... é uma coisa orgânica e tranquila. Sempre acaba rolando de tudo, desde algum cover de Jeff Buckley, até coisas antigas da Fresno, além dos projetos Visconde e Beeshop. 
 
A Redação: Você apresenta esse show neste mesmo formato em outros lugares ou ele foi montado dessa forma especialmente para a performance no Teatro Goiânia?
 
Lucas Silveira - É tipo uma tour que eu estou levando em paralelo. Nos finais de semana, sempre tem show da Fresno, mas nesse primeiro semestre, decidi visitar algumas cidades com meu violão, pois estava com saudade dessa descontração, da simplicidade e de ficar mais perto das pessoas. Isso me realiza por um outro lado, é diferente e refresca um pouco minha rotina. Mas é uma coisa que faço esporadicamente, durante um ou dois meses do ano.
 
 
A Redação: Muitos artistas fazem trabalhos paralelos aos da banda que tocam. Você mesmo, com o Beeshop e o Visconde, é um exemplo. No seu caso, quando surgiu a necessidade de fazer algo fora do Fresno, mas sem sair da banda?
 
Lucas Silveira - Eu criei a Fresno ao lado dos meus colegas de escola. É algo que venho levando por quase metade da minha vida. Eu não entrei ontem nessa coisa de ter uma banda de rock, não é algo que eu peguei no auge... é uma construção que começou tão pequena quanto qualquer banda de colégio, e que hoje é isso tudo que a gente vê por aí. É essa legião de fãs, são as histórias de vida pontuadas pelas nossas músicas, são as tatuagens na pele das pessoas. Você tira isso de mim, e eu sou apenas o Lucas, e eu gosto de ser o Lucas, mas o que me fez chegar onde cheguei, a minha vitrine, a minha missão, é a Fresno. 
 
Veja o clipe de Come and Go, do projeto Beeshop:
 
 
 
A Redação: Como você avalia a aceitação do trabalho como Beeshop? Os fãs do Fresno também gostaram? Você conseguiu conquistar pessoas que não gostam do Fresno?
 
Lucas Silveira - Os fãs gostam, porque é melódico, romântico, é algo que eu faço pra ser muito bonito, bem acabado, detalhado. Eu preciso de uma banda enorme para chegar na sonoridade do Beeshop, e isso me impede de fazer mais shows. Tenho certeza de que esse projeto trouxe mais fãs ou simpatizantes para a Fresno, pois a noção que muitas pessoas têm da Fresno é incrivelmente superficial, quando não é carregada de preconceitos incutidos por uma série de fatores. Esses projetos às vezes acabam enganando os desavisados, que acabam curtindo uma música, e não sabem o que dizer quando descobrem que quem tá cantando ali é o 'cara do Fresno'. 
 
A Redação: Com tantos projetos musicais, o que mais falta pra você expressar a sua arte? Um novo alter ego, um novo disco...?
 
Lucas Silveira - Eu estou diminuindo o número de alter-egos, centralizando todos eles com shows desse tipo, e inclusive permitindo que eles influam no meu trabalho dentro da Fresno com maior intensidade. É como um estudo, uma coisa que me abre a cabeça e me faz evoluir. Uma faceta vai influenciando a outra e eu vou me sentindo um artista mais completo. Preciso lançar ainda o DVD do Beeshop, e agrupar num CD as músicas do projeto Visconde, para dar esse caráter de catálogo para coisas que estão soltas por aí.
 
A Redação: Já pensou em se aventurar em outras áreas artísticas, como literatura, por exemplo?
 
Lucas Silveira - Estou fazendo pesquisas e trabalhando no argumento de um romance. Mas é algo que estou fazendo sem a menor pressão, ou pressa. É algo de que gosto muito, e que quero trabalhar bem, num futuro não muito distante. 
 
A Redação: Quais artistas, dentro e fora do cenário musical, te inspiram?
 
Lucas Silveira - No Brasil, devo muito do que me tornei para bandas de hardcore como Dead Fish e Noção de Nada. No entanto, minhas inspirações musicais hoje em dia vêm mais de bandas como Mogwai, Explosions In The Sky, Copeland, etc. São sonoridades que me motivam a continuar procurando pelo som perfeito por aí. 
 
Ouça a música Diga, do projeto Visconde 
 
 

A Redação: Qual é o seu grande objetivo como artista?
 
Lucas Silveira - Ainda existe muito a ser feito. Jamais me considerarei alguém plenamente realizado, e essa inquietação pode ter seu lado ruim, mas é o motor que me faz trabalhar cada vez mais duro, para que minha obra seja cada vez mais poderosa e relevante. O Brasil é um país carente de bandas e artistas de expressão que realmente falem de coisas que levem o público a uma maior reflexão, auto-análise, e eu quero ser um desses, e ter outros companheiros junto da gente nessa luta. 
 
A Redação: Hoje em dia os passos dos famosos são acompanhados pela imprensa e pelos fãs o tempo todo. Você se preocupa em se resguardar, em não se expor demais?
 
Lucas Silveira - Eu uso muito a Internet e as redes sociais, compartilhando boa parte do que faço e penso na rede, mas eu consigo traçar uma linha que limita as coisas que eu devo e posso expor. Quanto à imprensa, não sou lá muito visado. Tem tanta gente que dá tanto escândalo atrás de atenção que um olhar mais atento para a minha vida seria um tanto monótono.
 
A Redação: Fãs encaram os artistas como exemplos. Você acha que o artista tem que ter esta responsabilidade em ser exemplo para os fãs? 
 
Lucas Silveira - É uma decisão que cabe ao artista. Eu tenho consciência disso e me importo com o impacto das minhas opiniões nos fãs. Mas eu não fico forçando imagem de bom moço só pra ser bem visto pelas pessoas. Se eu sou assim, é porque minha mãe me educou bem e me ensinou a dar valor ao que conquistei.


Serviço:
Lucas Silveira
Local: Teatro Goiânia. Av. Tocantins, esquina com Rua 23, Centro.
Ingressos: R$ 30 (antecipados nas lojas Hocus Pocus e Kaverna)
Mais informações: (62) 8454-6852

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