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Mostra é de Rosi Martins e Wolney Fernandes | 31.01.14 - 17:24
Rosi Martins e Wolney Fernandes expõem no Café Coreto resultado de experiência no Cerrado (Foto: Agno Santos) Yuri Lopes
Goiânia - A artista cênica Rosi Martins e o artista visual Wolney Fernandes expõem a partir desta sexta-feira (31/1) no Café Coreto, com abertura às 19h30, fotos e objetos que formam a exposição O Mar, Eu Nunca Vi, que fica aberta ao público até o dia 21 de fevereiro, com entrada gratuita.
A visitação pode ser feita de segunda à sexta, das 10 às 20 horas e aos sábados das 9 às 14 horas.
Definida pelos artistas como uma exposição de fotos e objetos que reúne visualidades derivadas do encontro entre figurinos e a paisagem do cerrado, a mostra traz roupas teatrais que foram vestidas e estendidas nos galhos e troncos das árvores, gerando sentidos visuais e performáticos. As peças de figurino, inspiradas pelas cores e nuances do cerrado, foram elaboradas a partir da obra de Guimarães Rosa e bordadas com fragmentos e frases do autor mineiro.
As fotos e objetos da exposição são resultado de um registro da intervenção intitulada “Bordados para pedras e galhos”, que foi realizada no cerrado goiano, em um morro localizado na região próxima a Pirenópolis (GO). A obra realizada, o espaço da natureza foi habitado por uma malha viva de materialidades, a partir da relação das vestimentas com a paisagem.
Wolney conta como surgiu a ideia de fazer a exposição. "Depois que fizemos a intervenção no cerrado, em conversas sobre como mostrar o que tinha acontecido lá em cima do morro, elencamos possibilidades para desdobrar a ação em uma publicação ou em exposição. A partir dessa conversa, fomos delineando viabilidades e a exposição acabou sendo o jeito mais viável, pelo menos para este momento", comenta ele.
A exposição que será aberta nesta sexta em Goiânia foi pensada desde junho do ano passado. Segundo Wolney, desde a metade de 2013 ele e Rosi
pensaram em possibilidades e jeitos de mostrar tudo (fotos em papel, tecido, instalação com objetos). "Então foram seis meses entre elaborar o projeto e colocá-lo em prática. Já a ação no morro foi feita no final de 2011", lembra ele.
Questionado sobre qual mensagem eles queria passar com a mostra, Wolney contou que a exposição é toda carregada de um desejo de voltar às poéticas. "Tanto a Rosi quanto eu, somos artistas desde sempre, mas em função dos nossos projetos de vida, passamos um tempo produzindo menos e cuidando de outros aspectos da nossa formação. Voltar a produzir arte e fazer isso realçando o que é precioso pra gente no campo artístico, era o primeiro objetivo. Nosso fazer artístico está ligado a mapeamentos afetivos, artes da performance com realce nos universos vitais. Ou seja, arte que se mistura com a vida e vinculada com memórias afetivas daquilo que nos constitui. Queremos compartilhar isso com as pessoas, mostrando que é possível vincular arte e cotidiano, delimitando possibilidades dentro dos nossos próprios quereres.
Sobre os artistas
Rosi Martins
Rosi Martins é artista cênica e atua no campo das Artes de Ator. Seus interesses apontam para as poéticas cênicas em situações que aproximam teatro, artes da performance e universos vitais. Reside em Goiânia/GO e cursa doutorado com o tema Teatralidades na Universidade Federal de Goiás.
Wolney Fernandes
Wolney Fernandes é artista visual com interesse ligado a mapeamentos afetivos e ao fortalecimento de práticas de criação colaborativa. Atualmente cursa doutorado em Arte e Cultura Visual na Universidade Federal de Goiás. Vive e trabalha em Goiânia/GO.
Serviço:
O quê: Exposição “O mar, eu nunca vi”
Quando: 31de janeiro a 21 de fevereiro - abertura 31 - às 19h30
Onde: Café Coreto - Rua 142, 221, Setor Marista Goiânia, GO • telefone: 62 3087.0309
Horário: De segunda à sexta, das 10h às 20h e aos sábados das 09h às 14h.
Entrada gratuita