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Centro Heydar Aliyev

Projeto da arquiteta Zaha Hadid é criticado por levar nome de ex-ditador

Homenagem não agradou humanistas | 10.07.14 - 17:47 Projeto da arquiteta Zaha Hadid é criticado por levar nome de ex-ditador (Foto: reprodução/Anual Design)
Anual Design - Ícone da arquitetura contemporânea, a arquiteta iraquiana Zaha Hadid mais uma vez encontra-se sob os holofotes da mídia internacional. Só que desta vez o assunto vai além de seus projetos arquitetônicos: ela é criticada por ter um projeto que leva o nome de ex-ditador do Azerbaijão. O Centro Heydar Aliyev, inclusive, recebeu um prêmio do Museu de Design do Reino Unido e foi considerado pelo juri da premiação como "uma obra tão sexy quanto a saia de Marilyn Monroe voando".

Heydar Aliyev é acusado de ter sido um ditador que violou direitos humanos, cometeu irregularidades eleitorais e intimidou oposicionistas no país da ex-União Soviética durante 1969 e 1982, e ainda quando foi presidente do país, de 1993 a 2003. O Azerbaijão é hoje governado por seu filho, Ilham, que também é alvo de denúncias de organizações defensoras de direitos humanos.


De acordo com o diretor da Human Right's Watch para Europa e Ásia Central, Hugh Williamson, o prêmio vem no contexto de um país autoritário, em que os direitos humanos não são respeitados. Ele ainda  disse em entrevista à BBC Brasil que existem documentos que mostram abusos no processo de urbanização da cidade de Baku. “Pessoas são removidas de suas casas à força para dar lugar a esses prédios e não têm direito a compensações justas", afirmou, apesar de ressaltar que não sabe se houve remoções forçadas especificamente para a construção do centro Heydar Aliyed.

O projeto
Zaha Hadid venceu o concurso internacional com o seu projeto do  Centro Heydar Aliyev, em 2007. Ele foi concebido para se tornar a edificação mais importante no âmbito cultural do Azerbaijão e quebra o estilo arquitetônico rígido, herdado da época em que o país pertenceu à ex-União Soviética. O prédio expressa a sensibilidade da cultura nacional e otimismo de uma nação que volta seus olhos para o futuro.


O design do centro é fluido e dialoga com o seu entorno e com o seu projeto de interior. O projeto valoriza a arquitetura pública, acessível aos cidadãos de Baku, através de suas ondulações e espaços multifuncionais que dão boas vindas e acolhem os visitantes através dos vários níveis em seu interior. O prédio abriga uma sala de conferências, uma sala de galeria e um museu.

Chama a atenção também o revestimento do projeto. A ambição do escritório de Zaha foi conseguir uma superfície contínua, homogênea. Para isso, sistemas logísticos foram criados e integrados à execução da obra. Cálculos avançados permitiram controle e comunicação contínuos  para a superação deste desafio.

A arquitetura
Um dos nomes mais admirados e premiados da arquitetura mundial, Zaha Hadid venceu o Prêmio Pritzker, considerado a premiação mais importante da arquitetura mundial.

Ela foi agraciada com o prêmio em 2004 e foi a primeira mulher a recebê-lo. Conhecida como a Rainha das Curvas por seus projetos conceituais, ela ascida em Bagdá, formou-se primeiramente em matemática na Universidade Americana de Beirute e depois cursou arquitetura na Architectural Association de Londres, onde tornou-se membro do Office for Metropolitan Architecture (OMA).

Entre seus projetos entregues mais famosos estão o Vitra Fire Station, o MAAXXI Museum, o Centro Aquático de Londres e o constroverso anexo para o Serpetine Sackler Gallery.

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