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Acervo saiu da Suécia pela primeira vez | 18.12.14 - 12:08
(Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil) Rio de Janeiro - Um dos maiores nomes das arte em todos os tempos, o holandês Rembrandt Van Rijn (1606-1669) dedicou boa parte de sua vida à criação de gravuras. Ao todo, ele produziu 290 obras nas diferentes modalidades desse gênero, e 78 delas podem ser vistas pelo público a partir desta quinta-feira (18/12), na exposição Rembrandt e a Figura Bíblica, no Centro Cultural Correios do Rio de Janeiro.
A exposição fica aberta para visitas até 22 de fevereiro, de terça-feira a domingo das 12h às 19h, com entrada gratuita. O Centro Cultural Correios fica na Rua Visconde de Itaboraí, no centro do Rio de Janeiro.
O acervo pertence ao Museu Zorn, da cidade de Mora, na Suécia. O museu foi criado pelo artista Anders Zorn (1860-1920), que foi grande colecionador de gravuras de Rembrandt e adquiriu 180 delas. Segundo o curador da mostra, Fernando Spaziani, é a primeira vez que o acervo deixa a Suécia.
“Trazer ao Brasil um acervo desta importância representa a possibilidade de mostrar à nossa população um trabalho excepcional, que atravessou o tempo, sendo absolutamente relevante para a contemporaneidade”, enfatiza o curador. “As gravuras têm altíssima qualidade e serão muito apreciadas não só pelo grande público, mas também por estudantes, já que se trata de um grande mestre”, diz.
A exposição está dividida em dois módulos. O primeiro, ilustrado com gravuras em diversos temas, é dedicado a uma cronologia da vida e da obra de Rembrandt. O artista viveu em uma Holanda recém-libertada da Espanha, convertida ao protestantismo, em um momento de grande crescimento econômico.
No segundo módulo estão as gravuras com temas bíblicos e religiosos, que são o destaque da exposição – 52 obras. “Lado a lado estão as mesmas histórias bíblicas, às vezes uma mesma figura trabalhada em momentos distintos. Isso faz diferença, uma vez que o foco permite aprofundar o tema para que o público possa fazer uma leitura mais completa da obra gráfica do artista”, explica Spaziani.
Filho de pai protestante, Rembrandt, enquanto artista, até por uma questão de rebeldia, aproximou-se do catolicismo, do judaísmo e do calvinismo. “A ele interessavam as histórias da bíblia, seu simbolismo. Ele não estava a serviço exatamente da religião, mas a serviço da arte”, comenta o curador.
De acordo com Spaziani, é intenção da produção e do Museu Zorn que a exposição seja levada a outras cidades em que os Correios mantêm espaços culturais. (Agência Brasil)