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'O Homem Que Fundou Brasília'

Oscar Niemeyer é tema de grande exposição no Japão

Mais de 21 mil pessoas já visitaram a mostra | 31.08.15 - 14:30 Oscar Niemeyer é tema de grande exposição no Japão (Foto: reprodução/EFE/María Roldán)
São Paulo - No Japão, no moderníssimo Museu de Arte Contemporânea de Tóquio, até 12 de outubro deste ano, foram reservados dois mil metros quadrados para uma retrospectiva celebrando o arquiteto Oscar Niemeyer. A exposição 'O Homem Que Fundou Brasília' vem fazendo estrondoso sucesso. Só no primeiro mês - está em cartaz desde 18 de julho -, mais de 21 mil pessoas visitaram a exposição.

O famoso designer inglês Jasper Morrison, radicado no Japão, depois de visitar a mostra, declarou jamais ter visto algo parecido em sua vida. Com maquetes de diferentes tamanhos, fotografias de Leonardo Finnoti, Cristiano Mascaro, Marcel Gouterau e Yukio Futagawa, vídeos, desenhos, móveis e uma sala que passa a sensação de estarmos passeando pelo Parque do Ibirapuera e sob suas marquises, pois caminha-se sobre um enorme tapete onde foi projetada a foto do parque tirada a partir do Google Maps, a mostra de fato surpreende.

Além das maquetes gigantes como a da Catedral de Brasília, da Casa das Canoas, de uma universidade na Argélia, da Pampulha e do Museu de Niterói, chama especialmente a atenção um desenho do acervo do Instituto Moreira Salles, de quase 20 metros de comprimento, onde o arquiteto brasileiro, que morreu aos 104 anos de idade em 2012, relata a evolução de sua arquitetura por meio apenas de traçados.

Outro atrativo é um filme de 1967, descoberto no Arquivo Nacional, onde, com 34 anos, o atual Imperador Aikito visita Brasília acompanhado de Niemeyer e ambos são depois recebidos em jantar pelo então presidente Costa e Silva. Encanta especialmente aos locais o aspecto artístico do trabalho de Niemeyer e a capacidade que tinha de transformar seus desenhos dinâmicos, sensuais e de geometria modernista em formas físicas no espaço.

Em palestra no dia 22 de agosto último, anunciada como "We love Niemeyer", Sejima e Nishizawa, autores de projetos como o do New Museum em Nova York e o novo Louvre na cidade francesa de Lens, discorreram sobre o arquiteto brasileiro e contaram que, quanto mais pesquisavam, mais se surpreendiam como Niemeyer podia ser tão brasileiro e, ao mesmo tempo, tão universal. E concluíram que a força das imagens de suas obras servia também para evidenciar o desenvolvimento industrial do Brasil moderno e projetar o País no mundo.

Essa grande retrospectiva é apenas um dos muito eventos do Festival de Cultura Brasileira que, em 2015, em diversas frentes, vem celebrando os 120 anos de relações diplomáticas entre o Brasil e o Japão, iniciadas em 1895.  (Agência Estado)

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