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Top 5

Os melhores filmes de 2011

Especialistas elegem lançamentos do ano | 23.12.11 - 10:49 Os melhores   filmes de 2011 Juliette Binoche, em cena do filme Cópia Fiel, do diretor iraniano Abbas Kiarostami, eleito o melhor internacional do ano (Foto: divulgação)


Raisa Ramos

Depois da lista com os melhores discos de 2011, é a vez de divulgar o ranking com os cinco filmes nacionais e os cinco internacionais que mais agradaram a crítica especializada neste ano. Apesar de não ter sido um bom momento para o cinema, como reclamaram alguns integrantes do júri convidado, as telonas exibiram obras que certamente entraram para a história da sétima arte, como o Melancolia, de Lars Von Trier, e A Pele que Habito, do sempre genial Pedro Almodóvar. Entre os filmes nacionais, é preciso destacar não uma produção em especial, mas o gênero da maioria dos eleitos. Dos cinco vencedores, quatro são documentários. Para um dos colaboradores deste ranking, o cineasta Pedro Novaes, a justificativa é simples: "Somos, a meu ver, muito melhores documentaristas do que ficcionistas". 
 
Seis especialistas participaram da votação: Marcelo Janot, crítico de cinema e apresentador do canal Telecine Cult; Pedro Novaes, cineasta; Lisandro Nogueira, professor de cinema da Universidade Federal de Goiás (UFG); Rodrigo Cássio, pesquisador acadêmico de cinema; Georgia Cynara, coordenadora do curso de Audiovisual da Universidade Estadual de Goiás (UEG); e Lisa França, roteirista, diretora de cinema, psicanalista e professora da UFG. Além do voto dos jurados, a lista contou também com um voto de minerva da editoria de Cultura do A Redação, para desempate técnico. Agora peguem a pipoca, o guaraná e se ajeitem na cadeira, porque lá vem os vencedores de 2011.
 
Melhores filmes nacionais
 
5º lugar: Tropa de Elite 2, de José Padilha (Voto de minerva)
Depois do falso moralismo do primeiro Tropa de Elite, José Padilha resolveu mostrar o outro lado do tráfico: o lado dos bandidos de colarinho branco, que usam a proibição das drogas como forma de lucro. O famoso Capitão Nascimento, interpretado por Wagner Moura, saiu do comando do BOPE e assumiu a Secretaria de Segurança Pública, onde ele percebe que os verdadeiros inimigos, na realidade, são outros.

 
4º lugar: Filhos de João - Admirável Mundo Novo Baiano, de Henrique Dantas (Doc)
O documentário conta a história do maravilhoso grupo Novos Baianos, formado por Moraes Moreira, Pepeu Gomes, Baby Consuelo, Paulinho Boca de Cantor, Luiz Galvão, Dadi e Jorginho Gomes. Criada no fim da década de 1960, a banda hippie teve a ajuda de João Gilberto, que serviu como uma espécie de guru para os artistas. Com cenas raras e depoimentos emocionantes, o filme, sem dúvida alguma, é realmente um dos melhores de 2011.

 
3º lugar: Lixo Extraordinário, de Lucy Walker e codireção de João Jardim e Karen Harley (Doc)
Conhecido por recriar imagens utilizando materiais inesperados, como geleia e calda de chocolate, Vik Muniz é o fio condutor desse documentário. O filme mostra o trabalho do artista plástico no Jardim Gramacho, um dos maiores aterros sanitários do País, localizado na periferia do Rio de Janeiro. Lá, Vik reconstrói imagens dos catadores de lixo usando material reciclável, mostrando o dia a dia dessa classe tão sofrida. É de arrepiar.

 
2º lugar: Vou Rifar meu Coração, de Ana Rieper (Doc)
Destaque da Mostra de Cinema de São Paulo, o documentário trata das relações humanas a partir da música brega. Odair José, Agnaldo Timóteo, Waldick Soriano, Evaldo Braga, Nelson Ned, Amado Batista e Wando são alguns dos representantes da "música popular romântica" citados no filme.

 
1º lugar: Pacific, de Marcelo Pedroso (Doc)
Todo montado a partir de imagens gravadas por passageiros de um cruzeiro que liga Recife a Fernando de Noronha, o filme surpreende pela inovação e originalidade, além de levantar questões sobre a ética do cinema documentário atual. Lançando um olhar sobre o olhar dos turistas, a obra registra sete dias de viagem. Seleção Oficial de mais de dez festivais brasileiros, o filme faturou os prêmios de Melhor Filme, no 1º CachoeiraDoc (BA), no 4º Panorama Coisa de Cinema de Salvador (BA), e na 9ª Mostra do Filme Livre (RJ); Melhor Produção, na 3ª Mostra de Cinema de Triunfo (PE); e Melhor Longa-metragem, no 13º CineEsquemaNovo (RS).

 
Melhores filmes internacionais
 
5º lugar: Meia Noite em Paris, de Woody Allen (EUA/Reino Unido) - Voto de minerva
Woody Allen é engraçado. Os filmes dele são sempre muito parecidos, o protagonista é sempre o mesmo (por mais que se mude o ator, o nome e o contexto da história), e o humor é sempre baseado na desgraça e burrice alheia. Mesmo assim, é impossível cansar das produções do diretor, que hoje é um dos mais ativos na indústria cinematográfica. Nesta obra, o personagem Gil, interpretado pelo quase galã Owen Wilson, entra em uma aventura fantástica. Todo dia, à meia-noite, um carro aparece para ele, nas ruas de Paris, cheio de grandes ícones da literatura e da música do início do século XX.

 
4º lugar: Cisne Negro, de Darren Aronofsky (EUA)
Natalie Portman, sempre ótima, está maravilhosa neste filme. Interpretando uma bailarina doce, reprimida e super-protegida por sua mãe, ela se vê obrigada a deixar seus sentimentos e vontades falarem mais alto para poder encenar o espetáculo Lago dos Cisnes, em que faz tanto a protagonista quanto a antagonista. O diretor Darren Aronofsky consegue passar para o espectador, com seus planos bem pensados, confusões entre realidade e fantasia, e trilha sonora instigante, a mesma angústia sentida pela personagem.

 
3º lugar: A Pele que Habito, de Pedro Almodóvar (Espanha)
Primeiro suspense do mestre espanhol, o filme é baseado no livro "Tarântula", do francês Thierry Jonquet. Com sua dramaticidade latina bem conhecida, Almodóvar constrói uma verdadeira obra de arte, com uma história de deixar qualquer um de boca aberta. O bonitão Antonio Banderas volta a trabalhar com o diretor, depois de mais de 20 anos.

 
2º lugar: Melancolia, de Lars Von Trier (Dinamarca/França/Suécia/Itália/Alemanha)
Lindo, grandioso e triste. Já famoso por seus filmes fortes e chocantes, Lars Von Trier nunca mais foi o mesmo após a morte de sua mãe, que nos últimos minutos de vida revelou que seu pai, na verdade, era seu padrasto. Sem tempo para dizer o nome do pai biológico, a mãe faleceu, deixando o diretor com a eterna dúvida. A angústia é refletida, de certa forma, em seus filmes. Em Melancolia, o dinamarquês trata sobre a depressão profunda, e usa como metáfora o planeta que leva o nome do título e se desloca ao encontro da Terra. Durante a estreia da obra no Festival de Cannes, deste ano, o diretor declarou "ser nazista e entender Hitler". O comentário fez com que Lars fosse banido do evento.

 
1º lugar: Cópia Fiel, de Abbas Kiarostami (França/Irã/Itália)
Quase unanimidade entre os jurados, o filme do diretor iraniano Abbas Kiarostami tem o enredo aparentemente simples: um escritor inglês que vai para a Toscana divulgar seu novo livro e acaba conhecendo uma mulher, dona de uma galeria de arte. O jeito como o casal acaba se relacionando é o ponto principal da obra, que aborda a questão das imitações nas relações humanas. A sempre linda Juliette Binoche é a protagonista e arrancou elogios da crítica pelo belo trabalho feito.

 
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