Mônica Parreira
A apreensão sofrida pelo Vila Nova com a demora do início da Série C pode ser comparada ao sentimento que Robélio Schneiger tem agora, depois que a data foi definida. No sábado (30/6), às 16h, o técnico colorado tem duas provas de fogo. Além da estreia na competição, ele vai enfrentar seu irmão Roberto Cavalo, ex-técnico do Vila Nova e atual do Oeste-SP, com quem trabalhou desde o início de sua carreira. Confiante e ansioso, Robélio sabe que não vai ser fácil, mas quer a vitória.
Roberto Cavalo chegou no Vila Nova em 2011 com o desafio de vencer seis das nove rodadas que restavam para o fim da Série B, isso se quisesse livrar o time do rebaixamento. O feito, no entanto, foi o oposto: seis derrotas, três empates e nenhuma vitória.
Com a Série C confirmada e uma troca na direção do clube, o técnico pegou "férias" e retornou para disputar o Goianão. Na competição, mais seis jogos, sendo três derrotas, duas vitórias e um empate. Às vésperas de um clássico diante do Atlético-GO, Cavalo abandonou o barco, fechando contrato com o Oeste-SP, clube que comanda atualmente.
Acostumado a ser o braço direito do irmão, dessa vez Cavalinho soltou as rédeas e decidiu permanecer no Vila Nova. Robélio Schneiger assumiu a equipe interinamente e depois foi evetivado no cargo, fazendo uma campanha com aproveitamento de 43,75% e levando o Tigre a disputar a semifinal do Goianão.
Vitória magra serve
O discurso de Robélio Schneiger sobre o confronto é genérico: os irmãos conhecem tanto a forma de trabalhar um do outro quanto a equipe. "Conheço bem o Oeste e o Cavalo conhece bem o Vila. Da mesma forma que eu quero ganhar, ele também. No sábado (30) ele é o meu adversário, como todos os outros treinadores que vem contra o Vila. Sei que o adversário é forte, mas eu preciso ganhar. Um a zero está de bom tamanho", analisou.
Os comentários precisos do técnico colorado não escondem que ele vem estudando bastante o time que seu irmão comanda. "O Cavalo vem com duas linhas de quatro, explorando o contra-ataque. A equipe tem o Roger que é um belo jogador, tem o Serginho e o Dionísio, tem o Chulapa que vai vir de centroavante. O Eduardo Luís que é o outro zagueiro, o Dedê e o Thiago Fernandes, que são os alas e já passaram pelo Vila, um na direita e o outro na esquerda", analisa.
Cavalinho promete fazer o papel de bom anfitrião e receber seu irmão de braços abertos no Serra. "Acho que quem está em casa é que tem que fazer as boas vindas. Vou cumprimentá-lo e dar boa sorte pra ele, mas só depois do jogo contra o Vila. Antes a sorte tem que estar comigo e eu tenho certeza que vamos fazer um bom jogo".
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