Entre os mais influentes da web em Goiás pelo 14º ano seguido. Confira nossos prêmios.

Envie sua sugestão de pauta, foto e vídeo
62 9.9850 - 6351

Reta final

Com pistas novas nas últimas corridas, decisão do título na F-1 vira incógnita

Holandês Max Verstappen lidera o campeonato | 19.11.21 - 22:33 Com pistas novas nas últimas corridas, decisão do título na F-1 vira incógnita O holandês Max Verstappen lidera o campeonato, com 14 pontos de vantagem sobre Lewis Hamilton: 332,5 contra 318,5 (Foto: Divulgação/F1)São Paulo - Depois do show de Lewis Hamilton no Brasil, a briga pelo título da temporada 2021 da Fórmula 1 entrou em sua reta final. E está cercada de incógnitas, não somente pela surpreendente performance da Mercedes em São Paulo. Das três últimas corridas do ano, duas serão disputadas em pistas novas no calendário da categoria, a começar pelo GP do Catar, neste fim de semana.

O holandês Max Verstappen lidera o campeonato, com 14 pontos de vantagem sobre Lewis Hamilton: 332,5 contra 318,5. No GP de São Paulo, a Red Bull entrou como favorita, mas a Mercedes dominou. O piloto inglês venceu mesmo após duas punições, que lhe custaram 25 posições entre o sprint race, no sábado, e a corrida, no domingo. Menos de uma semana depois desta batalha, os dois pilotos voltaram a se encontrar nesta sexta-feira (19/11)  para os dois primeiros treinos livres do GP do Catar.

Foi a estreia do Circuito Internacional de Losail no campeonato. Localizado nos arredores da capital Doha, o traçado foi inaugurado em 2004 pela MotoGP, categoria que mais tem utilizado a pista. São 5,3 quilômetros de extensão, cerca de um quilômetro a mais que o Autódromo de Interlagos, com curvas de média e alta velocidade. Na avaliação dos pilotos, o circuito não oferece muitos pontos de ultrapassagem.

"É uma pista muito rápida, parece divertida. Mas acho que não será muito fácil fazer ultrapassagens. Então, o treino classificatório se tornará ainda mais importante", projeta Sergio Pérez, companheiro de Verstappen na Red Bull. O mexicano é o único entre os 20 pilotos do grid a já ter corrido na pista, quando estava na GP2, atual Fórmula 2. As equipes também esperam que a prova de domingo (21/11)  seja mais exigente do ponto de vista físico por causa do calor e das características da pista.

Para amenizar a primeira preocupação, a corrida será realizada em horário incomum na temporada: a largada está marcada para as 17h de domingo, 11h de Brasília. Será a primeira corrida noturna da temporada. Duas semanas depois, os pilotos vão encarar outra pista nova no campeonato. O GP da Arábia Saudita também fará sua estreia na categoria. E sob certa preocupação.

Não está pronto
Faltando menos de três semanas para a corrida, o circuito construído na cidade de Jeddah ainda não está pronto. A F-1 não comenta, mas há até especulações de que a prova será cancelada por conta dos atrasos na entrega das obras. Se mantida no campeonato neste ano, com largada no dia 5 de dezembro, a etapa vai oferecer aos pilotos uma pista mista, com trechos permanentes e outro de rua. São 6,1 quilômetros de traçado às margens do Mar Vermelho.

Caso não aconteça mudanças de última hora nas obras, será a segunda pista mais longa da competição. Tanto no Catar quanto na Arábia Saudita é difícil fazer previsões sobre o rendimento das equipes, por serem estreias no calendário. No primeiro, Red Bull e Mercedes devem manter certo equilíbrio porque o circuito apresenta uma boa mistura de retas e curvas, diferentemente do traçado saudita, com mais retas. Portanto, o mais provável é que a Mercedes se destaque na segunda.

O capítulo final da temporada será novamente em Abu Dabi. Na corrida disputada nos Emirados Árabes Unidos, Hamilton é franco favorito sobre Verstappen. A Mercedes venceu seis das últimas sete corridas no local. O holandês venceu a última, no ano passado. A prova, como de costume, será noturna, com largada marcada para as 17 horas (10h de Brasília), no dia 12 de dezembro.

Hamilton
Se ainda estiver na briga pelo título, Hamilton poderá conquistar o oitavo título na F-1, se tornando o recordista de troféus da categoria. Superaria, assim, o alemão Michael Schumacher, sete vezes campeão. O campeonato esquentou de vez em São Paulo, e não somente na pista. A corrida ficou marcada por uma manobra de Verstappen ao defender a liderança da prova diante de uma investida de Hamilton na 48ª das 71 voltas do GP brasileiro.

O holandês não abriu espaço para o rival e ambos precisaram recorrer à área de escape para evitar a colisão. O caso não rendeu punição a Verstappen. Mas a Mercedes entrou com recurso junto à Federação Internacional de Automobilismo (FIA) pedindo revisão da decisão dos comissários da prova após vídeo liberado pela F-1 na segunda-feira. As imagens mostram Verstappen mantendo o volante reto na curva de forma deliberada para conter Hamilton. A manobra causou irritação na equipe.

Ao fim da corrida, o chefe da Mercedes, Toto Wolff, disse que a "diplomacia acabou". O GP ainda contou com uma denúncia da Red Bull aos comissários sobre a asa traseira do carro de Hamilton, o que acabou rendendo uma desclassificação do britânico no sprint race - pulou do 1º para o último lugar.  Os atritos não devem se restringir à rivalidade entre pilotos e equipes na F-1 nas próximas etapas.

Corridas sensíveis
As corridas no Catar e na Arábia Saudita serão duas das mais sensíveis para a categoria em termos de direitos humanos e questionamentos políticos, até mesmo interno. No início da semana, a Anistia Internacional enviou comunicado à BBC para criticar a decisão da F-1 de correr nestes países. "Ao usar o glamour e o entusiasmo da F-1 para tentar distrair a atenção dos abusos dos direitos humanos, o Catar e a Arábia Saudita esperam que haja pouca ou nenhuma discussão sobre as questões de direitos humanos ao longo destas etapas, algo que não deve ser permitido que aconteça", disse o comunicado.

Acostumado a sair em defesa de causas sociais e ambientais, Hamilton destacou a importância de falar sobre estes assuntos ao longo do fim de semana. "Acredito que, à medida que os esportes alcancem esses lugares, eles têm o dever de aumentar a conscientização sobre essas questões", declarou o inglês.

"Esses lugares precisam de escrutínio e é preciso que a mídia fale sobre essas coisas. Direitos iguais é um problema sério. No entanto, estou ciente de que neste país eles estão tentando dar passos à frente e não podemos mudar tudo da noite para o dia. Ouvi dizer que há coisas como uma tentativa de reformar o sistema. Só sinto que, se estamos indo a esses lugares, precisamos melhorar o perfil da situação." (Agência Estado)

Comentários

Clique aqui para comentar
Nome: E-mail: Mensagem:
Envie sua sugestão de pauta, foto e vídeo
62 9.9850 - 6351