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Jogos de Paris

Comitê Olímpico nega que lutadora que venceu italiana no boxe seja trans

Imane Khelif tem sido alvo de transfobia | 01.08.24 - 20:43 Comitê Olímpico nega que lutadora que venceu italiana no boxe seja trans Comitê Olímpico nega que lutadora que venceu italiana no boxe seja trans. (Foto: Reprodução Twitter)

São Paulo - Após a vitória da argelina Imane Khelif sobre a italiana Angelina Carini, nas oitavas de final do boxe até 66kg feminino da Olimpíada de Paris, nesta quinta-feira (1º), as redes sociais registraram diversos ataques sobre a possibilidade da pugilista ser transgênero. A informação foi desmentida pelo Comitê Olímpico da Argélia, que disse que a polêmica está baseada em “difamações e mentiras”.
 
A luta durou apenas 45 segundos. Carini foi atingida por um golpe no rosto logo no início e se dirigiu ao corner para arrumar o capacete, mas abandonou a luta na sequência. A italiana explicou que desistiu depois de sofrer um soco na região do nariz e não suportar a dor. No entanto, diversos perfis na internet acusaram a lutadora de promover um boicote contra a suposta adversária trans, já que o confronto seria desigual.

Em seguida, porém, ela alegou um problema anterior no nariz e descartou que a sua decisão tenha relação com a polêmica envolvendo a adversária. "Eu entrei no ringue e tentei lutar. Eu queria ganhar. Recebi duas injeções no nariz e não estava conseguindo respirar. Isso me fez muito mal", disse Carini.
 
Com a desistência de Angelina, as redes sociais reacenderam o debate de pessoas trans no esporte. Parte das contas no X, antigo Twitter, passaram a criticar Imane, alegando que ela seria um homem.
 
A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, também se pronunciou. Ela afirmou a luta não pareceu justa pelos níveis de testosterona presentes no sangue da atleta argelina. "Sempre procuro explicar que algumas teses levadas ao extremo correm o risco de impactar especialmente nos direitos das mulheres. Acho que atletas que possuem características genéticas masculinas não devem ser admitidas em competições femininas. Não para discriminar alguém, mas para proteger o direito das atletas femininas de poder competir de igual para igual”, disse Meloni.
 
Nota de esclarecimento
Diante da polêmica, o Comité Olímpico e Desportivo da Argélia emitiu uma nota e classificou os ataques contra Imane Khelif como “difamações baseadas em mentiras”. “Denunciamos com a maior firmeza os ataques maliciosos e antiéticos dirigidos contra nossa ilustre atleta Imane Khelif por alguns meios de comunicação estrangeiros. Estas tentativas de difamação, baseadas em mentiras, são completamente injustas, especialmente num momento crucial em que ela se prepara para os jogos olímpicos, o auge da sua carreira”, manifestou o órgão.
 
O Comitê disse ainda que não há nenhuma evidência que Imane Khelif seja uma mulher transgênero. O que acontece é que a atleta foi reprovada ano passado em um teste da Associação Internacional de Boxe (IBA) que mede o nível de testosterona, em decorrência do desenvolvimento sexual (DSD) que faz com que parte das mulheres tenham cromossomos XY e níveis de testosterona semelhantes aos dos homens.
 
Mesmo com a reprovação, a argelina foi autorizada pelo COI a participar do torneio olímpico de boxe feminino.

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Comentários

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  • 12.02.2025 17:55 Fabio Hernandes

    Já fui comido por ela...

  • 08.08.2024 18:40 Dra. Deide Costa

    Certamente o pênis dela é maior do que o meu... e não esqueçam de fazer muito sexo.

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