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"É o maior desastre da história do futebol egípcio", disse o ministro da Saúde, Hesham Sheiha, ao confirmar a morte de 73 pessoas durante a confusão no estádio em Port Said. Segundo as primeiras informações policiais, o número de feridos ultrapassa a marca de mil pessoas.
Os detalhes e as causas da tragédia ainda não foram esclarecidos pela polícia egípcia. A confusão começou ainda durante a realização do jogo, quando o time local, o Al Masry, vencia o Al Ahly, um dos clubes mais tradicionais e famosos do Egito, pelo placar de 3 a 1.
Algumas imagens da televisão egípcia mostram grande parte dos torcedores do Al Masry invadindo o gramado enquanto os jogadores do time adversário, no qual atua o brasileiro Fábio Júnior, tentavam fugir para o vestiário. A torcida local também teria atacado os fãs do Al Ahly que estavam no estádio em Port Said.
Por conta da tragédia, a Federação Egípcia de Futebol suspendeu a realização do campeonato nacional por tempo indeterminado. Segundo a imprensa local, o parlamento do país já teria convocado uma reunião emergencial para discutir o caso da violência no jogo em Port Said.
"Parecia guerra", informou Mohammed Abu Trika, um dos jogadores do time do Al Ahly, que escapou ileso da tragédia ocorrida durante a partida contra o Al Masry.
Briga generalizada
Segundo as investigações iniciais, a confusão toda começou já no final do jogo, quando milhares de torcedores do Al Masry invadiram o gramado para comemorar a vitória por 3 a 1 sobre o poderoso rival. Muitos deles partiram para a agressão, atacando os jogadores e a torcida do Al Ahly, o que acabou provocando uma briga generalizada dentro do estádio.
Os jogadores e a comissão técnica do Al Ahly chegaram a sofrer agressões, mas não há confirmação de nenhuma morte na delegação da equipe. Depois do ocorrido, eles reclamaram da falta de segurança no estádio em Port Said, cidade do Al Masry, que fica localizada na região nordeste do Egito. "Não havia ninguém para nos proteger", acusou o meia Mohamed Barakat.
Aviões militares foram enviados a Port Said para levar torcedores e jogadores do Al Ahly de volta para a capital Cairo. Diante do "maior desastre da história do futebol egípcio", conforme disse o ministro da Saúde, Hesham Sheiha, os jogos do campeonato nacional foram suspensos por tempo indeterminado e o Parlamento convocou uma reunião emergencial sobre o caso.
O presidente da Fifa, Joseph Blatter, também já se manifestou sobre a tragédia, dizendo estar "muito chocado e triste" com a notícia e mandando suas condolências aos familiares das pessoas que morreram em Port Said. "É um dia negro para o futebol. Uma situação catastrófica como essa é impensável e não deveria acontecer", afirmou o dirigente suíço. (Agência Estado)