A Redação
Goiânia - O mercado imobiliário de Goiânia e de Aparecida de Goiânia mantém o ritmo aquecido em 2020 e acumula quatro anos consecutivos de alta. Neste ano, mesmo com o início da pandemia na segunda quinzena de março, o segmento encerrou o 1º trimestre com vendas acima do mesmo período de 2019: em número de unidades, foram vendidas 1.742 unidades nos três primeiros meses deste ano contra 1.563 unidades do ano passado, uma alta de 11,5%. O mercado, também fortemente impactado pelas taxas de juros mais baixas da história, se reinventou diante do isolamento social causado pela pandemia do coronavírus e encontrou na tecnologia uma aliada para manutenção das vendas e dos clientes.
A constatação é da pesquisa trimestral realizada pela Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), divulgada hoje (18). Para se ter uma ideia, em 2016 foram comercializadas 1.669 unidades; em 2017, foram vendidas 3.459 unidades; em 2018, 6.496 unidades; e, em 2019, 6.855 unidades. Em termos financeiros, o aumento nas vendas em 2020 foi ainda maior: R$ 742 milhões no 1º trimestre frente a R$ 437 milhões no mesmo período de 2019, expansão de 70%.
No entanto, o mês de abril contabiliza um período ruim de vendas de imóveis: venda de 277 unidades enquanto em abril de 2019 foram vendidas 540 unidades. De acordo com a Ademi-GO, este resultado é atribuído ao início da pandemia do coronavírus no país, impactado pela insegurança dos consumidores em tomarem decisão de compra e pelo decreto do governo do Estado, que determinou a suspensão das atividades de imobiliárias e estandes de vendas.
A Ademi-GO confia que a queda nas vendas, como ocorreu no mês de abril, será passageira, pois as condições “macro” são muito favoráveis para o mercado imobiliário, por diversas razões. “O primeiro motivo é a facilidade de compra de um imóvel atualmente: os juros imobiliários estão no menor patamar da história do país, com a taxa Selic a 2,25% ao ano, o que reduziu significativamente o valor das parcelas do financiamento. O momento nunca foi tão bom para se comprar imóveis”, observa Roberto.
“É natural que as pessoas fiquem com receio de tomar uma decisão de compra de valor tão expressivo diante deste momento de insegurança. Porém, toda crise tem começo, meio e fim. E acreditamos que as vendas devem retomar com muito mais força quando esse cenário passar”, justifica o presidente da entidade, Roberto Elias. “Num primeiro momento, os consumidores ficaram com receio e adiaram a decisão de compra. Porém, apesar de ainda não termos os dados consolidados do mês de maio, conversando com as empresas do setor já notamos que as vendas foram melhores do que em abril”, complementa.