A Redação
Goiânia - O agronegócio goiano tem batido recordes nos últimos anos. O valor da produção agrícola de Goiás atingiu R$ 62,8 bilhões neste ano, crescimento de 73,3% em relação a 2021, o maior patamar registrado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Estado. Somente a produção de soja responde por 55,1% de todo este valor, chegando a R$ 34,6 bilhões, o dobro do registrado na safra anterior.
A pecuária goiana também tem registrado recordes. Com efetivo estimado em 24,3 milhões de cabeças em 2021 pelo IBGE, o rebanho bovino no Estado teve a quarta alta seguida e atingiu o maior quantitativo da série histórica, iniciada em 1974. Goiás tem o segundo maior rebanho do País e 10,8% no efetivo nacional, ficando atrás apenas do Mato Grosso.
Este excelente desempenho do agronegócio goiano impulsiona investimentos de outro setor: o da construção civil. Segundo o IBGE, em 2020, havia 2,1 mil empresas atuando no segmento, crescimento de 14% em relação ao ano anterior. A construção civil goiana é atualmente a oitava maior do País e a maior no Centro-Oeste, com 41,9% do total das empresas na região. De acordo com a Associação das Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-GO), as vendas de imóveis novos tiveram crescimento acima de 60% no primeiro semestre deste ano no Estado.
Embora as grandes construtoras mirem principalmente a Região Metropolitana, as pequenas e médias têm experimentado forte crescimento no interior goiano, especialmente em investimentos e nas vendas. Principalmente, nas regiões onde o agronegócio está mais presente. É o caso, por exemplo, da
Habitat Construtora e Incorporadora. A empresa tem sede em Goiânia e sua atuação está focada no interior de Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso. Fundada há 12 anos, a Habitat prevê investir R$ 500 milhões e atingir um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 1,5 bilhão nos próximos anos.
Foco no interior
Com filiais nos municípios goianos de Rio Verde, Jataí, Itaberaí e Goiatuba, além de Unaí (MG), a Habitat atua no desenvolvimento, incorporação e construção de imóveis comerciais e residenciais, prioritariamente verticais (edifícios), além de loteamentos. No começo eram apenas 5 colaboradores. Hoje tem cerca de 100 funcionários. “Nosso crescimento foi exponencial. Principalmente em 2021, onde alcançamos um VGV equivalente a soma de todos os dez anos anteriores”, afirma Murilo Brito, CEO da construtora.
Piscina do Altezza Gran Habitat, empreendimento da Habitat em Jataí (Foto: divulgação)
A empresa já soma mais de R$ 200 milhões em investimentos realizados e 3 mil unidades entregues. Apenas no ano passado, seu VGV foi de R$ 388 milhões. Além de se posicionar estrategicamente em municípios do interior com forte presença do agronegócio, a Habitat também se especializou em imóveis diferenciados para clientes de médio e alto padrão. “Estamos conectados com o que tem de mais moderno em inteligência construtiva no País e com as novas demandas do mercado nacional, priorizando a qualidade dos materiais e tecnologia”, afirma o fundador da Habitat.
Ao entrar com força na rota do agronegócio, a empresa também inovou na estratégia comercial. Como muitos de seus clientes são produtores rurais e empresários que atendem o agronegócio, uma experiência na comercialização tem dado muito certo: a customização dos fluxos de pagamentos dos clientes atrelados aos meses da safra agrícola.
“Somos uma empresa de incorporação e construção de imóveis comerciais e residenciais que alcançou a capacidade de realizar mais de meio bilhão de reais em investimentos a curto e médio prazos. Quadruplicamos o nosso VGV e estamos gerando mais de 2 mil empregos diretos e indiretos. Esta solidez da Habitat foi construída com bons produtos, empreendimentos de qualidade e com uma relação de confiança que construímos nos mercados em que atuamos”, afirma Murilo Brito.