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(Foto: reprodução http://www.redeto.com.br) São Paulo - O preço dos imóveis prontos, a maioria usados, subiu 1% em junho e acumulou alta de 5,8% no primeiro semestre. Em 12 meses até junho, a valorização foi de 11,9%, segundo o Índice FipeZap, que calcula o indicador com base nos anúncios feitos na internet em sete capitais brasileiras. "Em 12 meses e neste ano até junho, a alta de preços superou a inflação", observa o Eduardo Zylberstajn, coordenador do indicador.
No índice apurado para as sete capitais, os preços médios subiram 2,5% no primeiro semestre, descontada a inflação do período. Em 12 meses até junho, a alta real foi de 4,8%. Quem comprou imóveis nesse período fez um bom negócio, levando-se em conta a variação dos preços médios, diz Zylberstajn. Mas a avaliação não pode ser generalizada, pondera o economista.
Em São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Fortaleza e Recife, por exemplo, o desempenho dos preços superou a variação da inflação acumulada em 12 meses. Já em Belo Horizonte e no Distrito Federal, os preços dos imóveis perderam para a inflação. No Distrito Federal, o preço médio caiu 0,7% em 12 meses até junho e em Belo Horizonte a alta foi de 6,3%, ante a inflação de 6,8% no período. Em valores absolutos, o preço mais alto do metro quadrado está no Rio, cotado a R$ 9.285,
"A fase de boom dos preços dos imóveis já passou", afirma o coordenador do índice. Ele não acredita que se repita o período de elevação vigorosa e generalizada das cotações do metro quadrado do imóvel, com alta mensal superior a 2%, como ocorreu entre 2010 e 2011. Desde maio do ano passado, os preços médios do metro quadrado têm oscilado em 0,8% e 1% ao mês nas sete capitais avaliadas. Na opinião de Zylberstajn, o mercado está se normalizando e deve, daqui para frente, ter um comportamento mais saudável.
De acordo com o economista, a mudança no comportamento dos preços dos imóveis reflete as incertezas que pairam sobre os rumos da economia. "Há um sentimento de muita incerteza e isso acaba contaminando os preços dos imóveis." Além disso, as incorporadoras optaram por recompor margens mesmo à custa de uma velocidade de vendas menor. (Agência Estado)