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Financiamento imobiliário

Mesmo com alta de impostos, investir em imóveis continua vantajoso em Goiás

Reajustes terão impacto pequeno | 28.01.15 - 17:34 Mesmo com alta de impostos, investir em imóveis continua vantajoso em Goiás (Foto: reprodução/skyscraperlife.com)
A Redação

Goiânia - 
Apesar da recente alta em diversos impostos que incidem no financiamento imobiliário, compra da casa própria ou de imóvel para investimento ainda é vantajoso em Goiás. É o que garante o  diretor de incorporação da EBM Desenvolvimento Imobiliário, Fernando Razuk. “O impacto deve ser muito pequeno. Os empreendimentos do Minha Casa Minha Vida não vão sofrer e os imóveis abaixo dos R$ 750 mil terão acréscimo pequeno. A faixa mais afetada será a de imóveis acima de R$ 750 mil, que atinge um público de maior poder aquisitivo, com melhores condições de poder acomodar o aumento no orçamento”, comenta.
 
Recentemente, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, anunciou o aumento do Imposto sobre Operações Financeira (IOF) nas operações de crédito da pessoa física de 1,5% para 3%, inclusive para crédito imobiliário, a fim de conter o crédito neste momento de inflação ainda elevada. Além disso, a Caixa Econômica Federal (CEF) já aumentou as taxas para novos financiamentos de imóveis residenciais. 
 
Este cenário aparentemente negativo, no entanto, não deve comprometer o mercado imobiliário goiano. Para as linhas de crédito do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), referentes ao financiamento de imóveis abaixo de R$ 750 mil, as taxas de juros passaram de 8% para 8,5% ao ano, relativas aos clientes que sejam servidores públicos e que tenham conta-salário na CEF. 
 
No caso dos demais, a taxa permanece a mesma: 9,15% ao ano. Para os financiamentos com o recurso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do Programa Minha Casa, Minha Vida também não haverá reajuste. Já para a linha de crédito do Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI), que financia imóveis acima de R$ 750 mil, os juros passaram de 9,2% para 11% ao ano, no caso de mutuários não clientes do banco. Em relação aos clientes com conta salário no banco, o aumento foi de 8,8% para 10,2% ao ano.
 
Alarde
Para Fernando Razuk, existe um alarde enorme em relação ao aumento de impostos e taxas, o que é natural, mas, na prática, esses reajustes terão impacto relativamente pequeno no mercado. “Os juros do financiamento imobiliário continuam os mais baixos do mercado. O rotativo do cartão de crédito, por exemplo, varia de 100% a 110% ao ano e o crédito para pessoa física não fica abaixo dos 80% ao ano”, diz.
 
Além disso, Fernando Razuk argumenta que o imóvel tem se valorizado acima dos juros. No ano passado, Goiânia liderou o índice FipeZap com a maior valorização imobiliária do País, de 12,72%, enquanto no Brasil inteiro a valorização foi de 6,7%. Aliado a essa alta está o baixo preço médio do metro quadrado na capital goiana. Segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), Goiânia tem o segundo menor preço de imóvel entre as cidades avaliadas: R$ 4.056,00 a média do metro quadrado em 2014, ficando atrás somente de Contagem, em Minas Gerais, cujo valor médio é de R$ 3.386,00.
 
Sobre a elevação do IOF no crédito a pessoas físicas, Fernando Razuk acredita que em médio e longo prazo a medida deve ter impacto positivo, devido à retomada da confiança na economia. “Com as mudanças anunciadas pela nova equipe econômica, o câmbio já começou a baixar e a bolsa a subir. A tendência é que aumente a confiança dos investidores no Brasil.”

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